Bispo de São Tomé diz que a Igreja tem voz política

O Bispo de São Tomé e Príncipe, D. Manuel António dos Santos, considera, em entrevista à agência Lusa, que “a Igreja tem uma voz política” e “o direito de denunciar situações de desvios de fundos que deveriam servir o povo”. “A Igreja tem também uma voz política. Mesmo que digamos que não nos queremos meter em política, essa atitude não deixa de ser uma atitude politica”, afirma o prelado, em declarações à Lusa antes de partir para Luanda, onde acompanhará a visita do Papa a Angola. A Diocese de São Tomé pertence à Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) e o seu bispo, D. Manuel António, considera o papel da Igreja como necessário para “dar voz a quem não tem voz”. “A Igreja também tem direito de ser a voz dos mais pobres, dos mais oprimidos, a ser a voz da esperança, nesse mundo onde tanta gente vive sem futuro, vive sem horizontes de vida”, diz. O bispo de São Tomé vê Angola, na actualidade, como um país com “grandes potencialidades e grandes riquezas” mas também “grandes contingentes de pessoas vivendo muito pobremente”, ainda que reconheça “o período muito difícil” que o país passou e ajuda a explicar esta realidade. Redacção/Lusa

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