“Penso que o Governo devia dar mais atenção às pequenas e médias empresas, devia dar incentivos às famílias para a sua fixação em lugares onde o trabalho é possível e devia dar uma resposta mais corajosa aos jovens que procuram o primeiro emprego”, defende D. António Francisco dos Santos.
Em entrevista ao programa “No Caminho das Dioceses”, da Rádio Renascença, o Presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios considera que os tempos actuais “são exigentes para a Igreja”, mas ao mesmo tempo têm “grandes desafios, encanto e entusiasmo”.
O bispo de Aveiro reconhece que o número de pessoas que se consagram à vida religiosa tem diminuído, “embora saibamos que nos últimos anos tem havido um acréscimo de ordenações sacerdotais”.
D. António Francisco dos Santos entende que a palavra “crise” é “demasiado redutora” para classificar a realidade das vocações em Portugal, por ignorar “os sinais novos que anunciam a esperança num futuro melhor”. “O que importa é valorizarmos os Seminários para uma Pastoral Vocacional mais interventiva”, acrescenta.
O encontro do clero com Bento XVI, aquando da sua visita ao país, “será certamente uma oportunidade para cada vez mais descobrirmos a beleza do ministério ordenado”.
A nível social, o bispo aveirense sabe que há casos de pobreza na diocese, a que a Igreja tem dado “respostas atentas e solidárias”. No que diz respeito ao caso “Face Oculta”, D. António Francisco dos Santos diz que tem acompanhado a situação “com alguma apreensão”.
O prelado dirige uma palavra de louvor ao trabalho realizado pela Universidade de Aveiro, que tem sido “criativa e original nas suas respostas” e está “atenta” aos desafios da sociedade.