Bispo de Aveiro explica nomeação de leigos para a direcção de secretariados diocesanos

Número reduzido de sacerdotes nunca pode ser o critério de escolha, afirma D. António Francisco dos Santos

O bispo de Aveiro assegura que a nomeação de leigos para ocupar a direcção de dois dos secretariados diocesanos foi feita em função das capacidades dos escolhidos e não devido à falta de padres.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, D. António Francisco dos Santos reconhece que a diocese se confronta com “um número reduzido de sacerdotes” mas que esse “nunca pode ser” o critério das nomeações.

A área da Pastoral Juvenil e Vocações passa a ser dirigida por Ondina Matos, enquanto Pedro Neto assegura vai assegurar a coordenação da Animação Missionária.

O prelado recorda que não é a primeira vez que a diocese escolhe leigos para assumirem a direcção dos secretariados, órgãos que na Igreja Católica respondem directamente perante o bispo e asseguram a execução das prioridades estabelecidas a nível local.

“Os leigos são membros de pleno direito da Igreja pelo baptismo e assumem uma responsabilidade que lhes pertence por direito próprio, e não pela inexistência de outras pessoas que possam assumir esses cargos, nomeadamente ministros ordenados”, frisou.

O responsável máximo da diocese de Aveiro salientou o “testemunho” e “dinamismo” dos novos directores, que já faziam parte das equipas a que vão presidir, pelo que as nomeações são um reconhecimento do seu “trabalho, competência e disponibilidade”.

No entender de D. António Francisco dos Santos, os dois leigos vão assumir os cargos “com muito sentido de responsabilidade e de missão”, tornando-se “um contributo valioso” para a acção da Igreja diocesana.

O presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios pronunciou-se também sobre a escolha de uma leiga para coordenar o sector vocacional, área que na maior parte das dioceses portuguesas é confiada a padres.

Na diocese de Aveiro, os departamentos ligados à juventude e às vocações juntaram-se num único secretariado antes da entrada do actual prelado, situação que se tem mantido até agora: “o trabalho realizado – salientou – tem-nos dito que este é o caminho certo, embora não seja o único”.

D. António Francisco dos Santos sublinha que Ondina Matos vai contar com a “colaboração e a presença de pessoas que representam a multiplicidade das vocações: sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e leigas de vida consagrada no mundo”.

Com esta nomeação, o bispo aveirense pretende perspectivar o chamamento de Deus numa “dimensão mais ampla”, afirmando a importância da “vocação baptismal”, comum a todos os fiéis, “que tem de ser vista em plenitude”.

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