Bispo da Ucrânia enaltece cooperação com Portugal

A situação económica na Ucrânia permanece muito difícil para tantas pessoas que optam por emigrar procurando outras formas de sobrevivência, nomeadamente em países de acolhimento, entre os quais Portugal. São milhares as pessoas que chegam da Ucrânia à procura de trabalho. “Não podemos impedir que as pessoas saiam do país mas estamos preocupados porque para nós é um grande desafio pastoral, social e espiritual”, aponta D. Bohdan Dzyurakh, Bispo auxiliar de Kiev, à Agência ECCLESIA. Durante a sua participação em Fátima, da reunião magna da CCEE, teve ocasião de indicar que o desagregamento familiar é uma das situações mais preocupantes. “Apenas o pai ou a mãe podem emigrar, esperando que os filhos se possam juntar depois”, apontando o reagrupamento familiar como “essencial para a estabilidade”, acrescenta. “Parece que o governo português está sensível para esta questão e que a Portugal podem chegar famílias completas”. A relação que os emigrantes mantém com a igreja é “uma dimensão muito importante para nós”. A maior parte da população é ortodoxa ou católica do rito bizantino. “Manifestamos o desejo de um trabalho pastoral efectivo”, indica, onde os ucranianos continuem a manifestar a sua fé, “na língua materna e no rito próprio”. Nesse sentido, com vista ao trabalho conjunto, quatro sacerdotes ucranianos estão já em Portugal. “Está a haver uma óptima colaboração com os bispos do rito latino”, sublinha, que se “empenham para que os nossos sacerdotes possam trabalhar junto dos nossos imigrantes”.

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