Espiritualidade, vocações e acção dos leigos foram alguns dos aspectos referidos por D. Manuel Felício
Durante a missa de ordenação de dois novos sacerdotes, que também assinalou o encerramento do Ano Paulino na diocese da Guarda, D. Manuel Felício lembrou que a espiritualidade tem de ser "o eixo e o motor" das múltiplas actividades dos padres. A necessidade de promover uma "cultura vocacional" – referida por duas vezes durante a homilia – foi outro dos aspectos referidos na intervenção.
Na celebração, em que também foram instituídos três acólitos com vista à futura ordenação sacerdotal, o bispo da Guarda retomou alguns dos apelos de Bento XVI, referindo, nomeadamente, que a redescoberta dos elementos essenciais da vida dos padres exige que estes assumam a sua "dependência amorosa" em relação a Cristo, guiem as comunidades em seu nome e distribuam as dádivas que Deus quer conceder à humanidade.
A confiança do Apóstolo Pedro em Jesus deverá inspirar a transformação das comunidades em "escolas de fé", através de uma pedagogia que tenha em consideração o facto de ela ser, por um lado, oferta divina, e, por outro, exigir o "empenho da pessoa, envolvendo todas as suas capacidades na procura de Deus e das Suas respostas".
Guiadas pela Bíblia e pelo Catecismo, estas "escolas" devem "transmitir uma mensagem" e "transformar o coração das pessoas, ajudando-as a tomar boas decisões".
O bispo da Guarda recordou as responsabilidades dos novos padres, mas também o "imenso dom para toda a Igreja" em que as suas vidas se hão-de tornar. E referiu que, durante as visitas às paróquias, tem "recebido testemunhos, mesmo colectivos, de grande devoção pelos sacerdotes".
Promover a felicidade das pessoas através da entrega total a Deus é o objectivo das múltiplas actividades que os padres devem realizar. A fidelidade a este propósito só pode ser conseguida através de uma "relação viva" com Cristo, que se manifesta através da espiritualidade dos padres e da oração de todos os que fazem parte da Igreja.
D. Manuel Felício chamou a atenção para a obrigação de se ajudarem os cristãos "a distinguir o que é essencial na vida e acção dos sacerdotes". Esta tarefa deve ser acompanhada pelo discernimento dos contributos que podem ser dados à Igreja pelas funções e serviços existentes nas comunidades.
A concluir a homilia, D. Manuel Felício afirmou que a ordenação dos dois padres "transmite a mensagem clara" que Deus está presente "com todo o Seu Povo".