Bispo da Guarda atento aos problemas regionais e nacionais

Na primeira Mensagem de Natal como pastor daquela diocese A crise económica que o País atravessa, a crise social espelhada no crescimento do desemprego e a crise de valores, são algumas das dificuldades apontadas por D. Manuel Felício, na sua primeira Mensagem de Natal à Diocese da Guarda. “Estas e outras dificuldades, porém, não anulam as muitas esperanças que felizmente percorrem as veias das pessoas e do Povo que nós somos”, escreve o Bispo Diocesano que acredita que “o Menino do Presépio de Belém, neste Natal, vem, de novo, para fortalecer em nós essas esperanças”. A defesa e a promoção da vida humana, da família e o respeito pela natureza, são alguns dos caminhos que devem ser percorridos a partir do exemplo do Presépio de Belém. “Agredir a natureza, nem que seja só por negligência, como infelizmente aconteceu com os muitos fogos do último Verão, é também desrespeitar o Natal”, explica D. Manuel Felício. “Procurei nesta mensagem não pisar só o céu cor-de-rosa mas pisar a terra que nós temos, os problemas concretos e a realidade social em que vivemos”, referiu o Bispo da Guarda quando questionada sobre a orientação seguida ao escrever a Mensagem de Natal. No encontro com os jornalistas, na passada segunda-feira, 19 de Dezembro, o Bispo da Guarda manifestou também grande preocupação com o encerramento de algumas empresas e com a questão do encerramento da maternidade do Hospital da Guarda. Preocupado com o aumento do desemprego na região, D. Manuel Felício disse: “a minha preocupação está essencialmente em que possam surgir oportunidades alternativas à medida que algumas empresas se tornam inviáveis”, pois, “nós não podemos pedir às empresas inviáveis que continuem a laborar à custa do orçamento do estado e dos nossos impostos”. E acrescentou: “uma empresa tem de ser bem conduzida e bem gerida”. Perante este cenário, o Bispo pediu “às forças vivas da nossa terra para que estudem entre si e também com a administração central alternativas” ao encerramento das empresas. No entender de D. Manuel Felício a região deve aproveitar bem as potencialidades turísticas existentes. Em matéria de incêndios, o bispo diocesano destacou o papel da Cáritas na ajuda às famílias mais afectadas e pediu mais empenho na prevenção. Esta forma de actuar deve começar pelas populações e ter continuidade em “todos os que têm meios técnicos e estão vocacionados para intervir”. Na questão da maternidade, D. Manuel Felício diz que é preciso racionalizar os recursos para irmos ao encontro de todos com o máximo de eficácia e o mínimo de custos”.

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