Sete padres e cinco religiosas da Igreja Católica foram expulsos da Bielorússia em finais de 2006, por motivações políticas. Segundo informa o “Forum 18 News Service”, continuam as violações à liberdade religiosa e aos direitos humanos neste país. Um dos sacerdotes expulsos, Pe. Mariusz Iliaszewicz refere que o Estado “não deixa que ninguém procure aprofundar a sua fé e tudo o que um padre diz é considerado político”. “Se alguém falar da falta de liberdade na Bielorússia é considerado como um opositor do sistema, mas aqui há graves violações aos direitos humanos”, acrescenta. O regime autoritário do Presidente Alyaksandr Lukashenko criou uma série de obstáculos legislativos e burocráticos que tornam a acção religiosa legítima, mas quase impossível de praticar para muitas comunidades religiosas minoritárias. O consulado da Bielorússia em Varsóvia tem avisado os padres que visitam o país para estadias curtas que não se empenhem em “actividades religiosas”. No passado dia 3 de Janeiro, após o Encontro Europeu de Jovens promovido pela Comunidade de Taizé, em Zagreb, um autocarro com 40 jovens católicos e protestantes foi mandado parar na fronteira da Bielorússia com a Polónia. O veículo foi revistado durante cinco horas, tendo sido confiscados vários exemplares do jornal independente “Nasha Niva”. Entre os principais obstáculos que limitam a liberdade religiosa na Bielorússia, destacam-se a recusa do registo oficial, a proibição para as comunidades não registadas de se encontrarem sistematicamente numa habitação, a restrição dos eventos religiosos celebrados em lugar público, a recusa de licenças para construir, comprar e alugar espaços para fins religiosos e as limitações aos direitos dos operadores religiosos estrangeiros. Departamento de Informação – Fundação Ajuda à Igreja que Sofre