Padre Mário de Sousa quer homenagear obra de D. Anacleto Oliveira
Lisboa, 18 nov 2020 (Ecclesia) – O padre Mário de Sousa, novo coordenador da Comissão da Tradução da Bíblia, afirmou a importância de dar continuidade ao projeto que prossegue com “revisões do Antigo e Novo Testamento”, homenageando D. Anacleto Oliveira, que coordenava o trabalho.
“Para além da tradução, já editada, «Os quatro Evangelhos e os Salmos», numa versão ad experimentum, temos vários livros do Antigo e Novo Testamento já revistos e outros em processo de revisão”, revela ao portal Educris o novo coordenador da Comissão, nomeado na última Assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa.
O padre da diocese do Algarve dá conta do “empenho pessoal” que o bispo de Viana do Castelo, falecido em setembro, colocava na tradução da «Carta aos Romanos»: “Queremos levar esta tradução a bom porto para lhe fazer uma devida e sentida homenagem”.
“A partida de D. Anacleto é uma grande perda para a Igreja e para a Comissão da Tradução da Bíblia. Pessoalmente tive a alegria de trabalhar com ele durante alguns anos. Estivemos sempre perante uma grande pessoa e um grande biblista”, afirmou.
O padre Mário de Sousa, natural de Vila Real de Santo António, é professor de Novo Testamento no Instituto Superior de Teologia de Évora, diretor do Centro de Estudos e Formação de Leigos do Algarve e presidente Associação Bíblica Portuguesa desde 2017.
Atualmente pároco na igreja matriz de Portimão, a formação do padre Mário de Sousa foi feita no Instituto Superior de Teologia de Évora, passou pela Universidade Católica de Lisboa, tendo licenciatura em Teologia e em Ciências Bíblicas, no Pontifício Instituto Bíblico de Roma e o doutoramento, em Teologia Bíblica, na Universidade Gregoriana de Roma.
A Comissão da Tradução da Bíblia pretendeu, desde a primeira edição, o contributos de diversas pessoas para este trabalho, tendo criado um email, que desencadeou inúmeras participações.
“Temos tido bastantes participações muito ricas e diversas. Existem, sobretudo, comentários de gente que faz eco da sua sensibilidade. Numa tradução mais literal, como esta, há textos que provocam admiração por terem sido escutados noutros modos. Outras pessoas vão no sentido contrário e dão conta da boa impressão que a tradução lhes provoca”, regista.
A Comissão é composta pelo padre Joaquim Garrido, secretário; José Ramos, professor catedrático emérito da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que preside à subcomissão científica do Antigo Testamento da qual fazem parte também o padre Armindo Vaz e a irmã Luísa Almendra, ambos docentes da Universidade Católica Portuguesa (UCP) de Lisboa; na subcomissão científica do Novo Testamento, para além do padre Mário de Sousa, fazem parte Pedro Falcão e José Carlos Carvalho, ambos docentes da UCP polo do Porto.
A equipa da comissão é ainda constituída por Alex Villas Boas, docente da UCP, polo de Lisboa; Maria Antónia Vasconcelos; Fernando Moita, diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã e Secretário da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé; Antero Paulo, da Fundação do Secretariado Nacional da Educação Cristã e o padre Pedro Ferreira, diretor do Secretariado Nacional da Liturgia.
LS