Bento XVI sublinha importância dos Institutos Seculares

O Papa defendeu este Sábado que os Institutos Seculares (e os seus membros, leigos consagrados) constituem um “laboratório de diálogo com o mundo”. Bento XVI falava aos participantes no Simpósio Internacional dos Institutos Seculares, por ocasião do sexagésimo aniversário da Constituição Apostólica Provida Mater Ecclesia. O Papa sublinhou que é o mistério da Incarnação que torna “lugar teológico” a inserção (destes leigos) nas vicissitudes humanas: “A obra da salvação realizou-se não em contraposição, mas dentro e através da história dos homens”. O “caminho de santificação” (para os que fazem parte dos institutos seculares) é “a adesão oblativa ao projecto de salvação manifestado na Palavra revelada, a solidariedade com a história, a busca da vontade do Senhor inscrita nas vicissitudes humanas governadas pela sua providência. “Faz parte da missão secular o empenho pela construção de uma sociedade que reconheça nos vários âmbitos a dignidade da pessoa e os valores irrenunciáveis para a sua plena realização: da política à economia, da educação ao empenho pela saúde pública, da gestão dos serviços à investigação científica”, apontou o Papa. “Cada realidade própria e específica vivida pelo cristão, o próprio trabalho e os interesses concretos de cada um, embora conservando a sua relativa consistência, encontram o seu fim último ao serem abraçados pelo mesmo objectivo com que o Filho de Deus entrou no mundo””, acrescentou. Bento XVI convidou os leigos consagrados nos Institutos Seculares a “sentirem-se chamados em causa por todo e qualquer sofrimento, por todas as injustiças, assim como por tudo o que é busca de verdade, de beleza e de bondade”. Os Institutos Seculares são sociedades clericais ou laicais cujos membros, permanecendo na sociedade, fazem profissão dos conselhos evangélicos, a fim de irem “adquirindo a santidade cristã e exercerem de modo pleno o apostolado”. Os seus membros vivem sós, na sua família ou em grupos de vida fraterna. Em 1947, o Papa Pio XII aprovou esta nova forma de consagração laical. Outro Papa, Paulo VI, chamou aos Institutos Seculares “laboratórios experimentais da relação Igreja-Mundo”. (Com Rádio Vaticano)

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