Bento XVI reza pelas Filipinas

Papa recordou vítimas do tufão Fengshen e deixou ainda mensagens para o Líbano, os congressistas do Quebeque e para o início do Ano Paulino Bento XVI recordou este Domingo as vítimas do tufão Fengshen, nas Filipinas, em particular os passageiros de um ferry, que naufragou devido ao mau tempo. Falando aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, o Papa revelou ter recebido com “viva emoção” a notícia desta tragédia, manifestando a sua proximidade às populações das ilhas atravessadas pelo tufão e rezando pelas vítimas do desastre, entre as quais se encontram também crianças. O tufão Fengshen, que assola as Filipinas desde Sábado, deixou 60 mortos e 60 desaparecidos, segundo um registo provisório oficial divulgado este Domingo, mas o número poderá aumentar após o naufrágio de um barco com mais de 700 pessoas a bordo. Um porta-voz do da guarda costeira afirmou que o número de mortos deixados pelo naufrágio poderá ser muito elevado. Bento XVI falou ainda à população do Líbano, onde foi beatificado Yaaqub da Ghazir Haddad, um sacerdote da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e fundador da Congregação das Irmãs Franciscanas da Cruz do Líbano. Manifestando as suas felicitações, o Papa fez votos de que a intercessão do beato Abuna Yaaqub “obtenha finalmente para aquele amado e martirizado País, que já sofreu demasiado, o progresso para uma paz estável”. O Papa referiu-se também ao bimilenário de nascimento do Apóstolo Paulo que a Igreja se prepara para celebrar com um ano jubilar especial. Bento XVI fez votos de que este grande acontecimento espiritual e pastoral “possa suscitar também em nós uma renovada confiança em Jesus Cristo que nos chama a anunciar e testemunhar o seu Evangelho, sem temer nada”. Será ele próprio a inaugurar este ano jubilar, solenemente, no próximo Sábado, na Basílica de São Paulo fora de muros. “Desde já confiamos esta grande iniciativa eclesial á intercessão de São Paulo e de Maria Santíssima, Rainha dos Apóstolos e Mãe de Cristo, fonte da nossa alegria e da nossa paz”, disse. Noutro ponto do seu discurso, Bento XVI recordou depois o encerramento do Congresso Eucarístico Internacional do Quebeque, no Canadá, em volta do tema “a Eucaristia dom de Deus para a vida do mundo”. Mal não tem a última palavra Na sua habitual catequese dominical, o Papa centrou-se na questão dos “medos humanos, assegurando que “quem teme Deus não tem medo” e que o mal não tem a última palavra. “O medo – recordou – é uma dimensão natural da vida. Desde pequenos experimentamos formas de medo que se revelam depois imaginárias e desaparecem; outras emergem sucessivamente, tendo fundamento na realidade; estes devem ser enfrentados e superados com o empenho humano e com a confiança em Deus”. Bento XVI realçou que, contudo e “sobretudo hoje, existe uma forma de medo mais profunda, de tipo existencial, que àvezes desemboca na angústia: nasce de um sentido de vazio, ligados a uma certa cultura embebida de um difuso niilismo teórico e pratico”. O Papa recordou que o temor de Deus que as Escrituras definem como o princípio da verdadeira sapiência, coincide com a fé nele, com o respeito sagrado pela sua autoridade sobre a vida e sobre o mundo. “Não possuir o temor de Deus equivale – explicou Bento XVI – a colocar-se no seu lugar, sentir-se o dono do bem e do mal, da vida e da morte. Pelo contrário, quem teme a Deus sente em si a segurança que tem a criança nos braços de sua mãe: quem teme a Deus está tranquilo mesmo no meio das tempestades, porque Deus, como Jesus nos revelou, é Pai cheio de misericórdia e de bondade. Quem o ama não tem medo”. “O crente – concluiu o Papa – não se assusta diante de nada, porque sabe que está nas mãos de Deus, sabe que o mal e o irracional não têm a ultima palavra , mas o único Senhor do mundo e da vida é Cristo, o Verbo de Deus incarnado, que nos amou ao ponto de sacrificar-se a si mesmo morrendo na cruz para a nossa salvação”. (Com Rádio Vaticano) FOTO: Lusa

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Agência ECCLESIA

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