Papa enaltece trabalho decorrente da Declaração Conjunta sobre a Justificação que aproxima católicos e luteranos Dez anos depois da assinatura da Declaração Conjunta sobre a Justificação, Bento XVI assinalou que o diálogo Luterano e Católico tem de continuar o estudo das suas “implicações e da possível recepção”. O Papa recebeu, esta manhã em audiência, a delegação da Igreja Evangélica Luterana, lideradas pelo bispo Gustav Bjorstrand. O Papa recordou que a visita, que ocorre na semana de oração pela unidade dos cristãos, “é uma oportunidade de oração partilhada, reflexão e diálogo com vista à total comunhão”. A Declaração Conjunta sobre a Justificação foi assinada em 31 de Outubro de 1999, em Augsburgo, na Alemanha, entre a Federação Luterana Mundial e a Igreja Católica Romana. A declaração estabelece que as confissões católica e luterana professam a mesma doutrina sobre a justificação pela fé, embora com diferentes caminhos. “Deus convida-nos constantemente a uma união mais profunda em Cristo, renovando-nos e libertando-nos das nossas divisões”, apontou o Papa. A Comissão do Diálogo Luterano – Católico na Finlândia e na Suécia continua a trabalhar na Declaração Conjunta sobre a Justificação. Na Finlândia, a Comissão de diálogo escolheu centrar no tema «Justificação na vida da Igreja». Bento XVI afirmou que esta escolha mostra que “o diálogo está a levar em consideração a natureza da Igreja, enquanto sinal e instrumento de salvação dada por Jesus, e não como uma simples assembleia de fieis ou uma instituição com diferentes funções”. Bento XVI evidenciou ainda que a visita da delegação corre em pleno Ano Paulino, a celebração do apóstolo das nações, “cuja vida e ensinamentos estavam intimamente ligados à unidade da Igreja”. O Papa referiu ainda que o consenso “sobre as profundas implicações cristológicas e pneumatológicas do mistério da Igreja mostram um promissor trabalho da Comissão”. No final da visita, Bento XVI manifestou a esperança que a visita da delegação a Roma “possa fortalecer os laços ecuménicos entre os luteranos e os católicos na Finlândia, um processo que se tem mostrado muito positivo”.