Bento XVI quer cristãos empenhados contra a violência e as incompreensões

Papa defende verdade histórica da ressurreição de Jesus numa audiência com 40 mil peregrinos

Bento XVI disse hoje, Quarta-feira, que os cristãos têm de ser “verdadeiras testemunhas” da ressurreição de Jesus, contra o sofrimento, a violência e as incompreensões que atingem o mundo actual.

O Papa falava perante cerca de 40 mil peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a primeira audiência geral depois da Páscoa.

“Seremos de Cristo quando deixarmos transparecer em nós o prodígio do seu amor; quando, nas nossas palavras e gestos em plena conformidade com o Evangelho, for possível reconhecer a presença do próprio Jesus”, disse, em português.

Bento XVI deixou votos de que a Páscoa seja para os cristãos “uma ocasião propicia para se tornarem testemunhas entusiastas e corajosas da fé”, convidando a traduzir essa convicção em “boas acções”.

O Papa encontra-se na residência pontifícia de Castel Gandolfo, para um breve período de repouso após as celebrações da Semana Santa e da Páscoa, e deslocou-se de helicóptero para o Vaticano.

Na sua catequese, Bento XVI defendeu a verdade da “ressurreição de Cristo”, “um evento tão extraordinário que muitas das suas dimensões escapam à nossa capacidade humana, mas ao mesmo tempo é um facto histórico, real, testemunhado, documentado”.

“É a «boa nova» que a Igreja transmite desde o seu início e da qual cada um de nós é chamado a ser testemunha entusiasta e corajosa”, assinalou.

O Papa falou da ressurreição como “o acto mais poderoso de Deus na história”.

No final do encontro, Bento XVI dirigiu aos peregrinos “vindos de Lisboa e demais localidades de língua portuguesa”, uma “ saudação amiga”, com votos de “continuação de santa Páscoa”.

“Que o Ressuscitado seja sempre o centro da vossa fé, a fonte da vossa esperança e o dinamismo ardente da vossa caridade”, acrescentou.

O Papa deixou uma saudação especial em russo, sublinhando que neste ano se celebrou em conjunto a solenidade da Páscoa, entre católicos e ortodoxos.

Esta coincidência, disse, deve ser “ocasião de uma fraternidade renovada e de uma colaboração cada vez mais intensa na verdade e na caridade”.

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