Bento XVI preocupado com proliferação nuclear na Ásia

Papa recebeu presidente da Coreia do Sul e deixou apelos à pacificação da região Bento XVI recebeu esta manhã no Vaticano o presidente da Coreia do Sul, Roh Moo-hyun, a quem entregou pessoalmente uma carta a respeito da situação de tensão na península coreana, em especial por causa do risco de um conflito nuclear. “O risco de uma corrida ao armamento nuclear na região é um motivo de preocupação, plenamente partilhado pela Santa Sé. Peço a todas as partes interessadas que façam todos os esforços possíveis para resolver as tensões presentes através de meios pacíficos”, refere a missiva do Papa, hoje divulgada pela Santa Sé. O texto pede também que sejam evitados quaisquer gestos que “coloquem em perigo as negociações” e que seja assegurado “o acesso à ajuda humanitária por parte da população mais vulnerável da Coreia do Norte”. Roh Moo-hyun encontrou-se ainda com o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone. Nos colóquios foi analisada, de acordo com comunicado oficial da Santa Sé, “a situação política e social na Ásia oriental, em particular o processo de reconciliação na península coreana, e o respeito e promoção dos direitos humanos nessa região”. Ambas as partes falaram de relações “cordiais” e da cooperação existente entre a Igreja e as autoridades civis na Coreia do Sul. As duas Coreias retomarão no fim deste mês em Pyongyang o processo de reconciliação, após acordar hoje o reinício das conversas interministeriais interrompidas há sete meses, informou o Governo sul-coreano. Este acordo, selado numa reunião de trabalho realizada na cidade norte-coreana de Kaesong, contribui para diminuir ainda mais a tensão na península de Coreia, após o acordo assinado há dois dias em Pequim pelas duas Coreias, Estados Unidos, China, Rússia e Japão para a desactivação do programa nuclear de Pyongyang. Na carta que entregou a Roh Moo-hyun, o Papa dirige “afectuosas saudações” ao povo da Coreia, assegurando as suas orações “pela paz e estabilidade” na península e na região. “Há mais de 50 anos que o povo da Coreia sofre as consequências da divisão: famílias foram separadas, parentes próximos afastados uns dos outros. Faça-lhes saber que estou espiritualmente próximo deles no seu sofrimento”, pede Bento XVI ao presidente sul-coreano.

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