Bento XVI pede protecção para refugiados

Mensagem papal alerta para «formas de perseguição» que levem milhões de pessoas a sair do seu país

Bento XVI alertou a comunidade internacional para a importância de acompanhar “a situação dos refugiados e dos outros migrantes forçados”, que apresenta como “parte relevante do fenómeno migratório” actual.

O Papa pronuncia-se sobre este tema na sua mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 2011, intitulada «Uma só família humana».

O texto lembra que, “em vários casos, a partida do próprio país é estimulada por diversas formas de perseguição, apontando o dedo a experiências “dramáticas e indignas do homem e de sociedades que se consideram civis”.

No documento, divulgado pelo Vaticano esta Terça-feira, 26 de Outubro, o Papa observa que “em relação a estas pessoas, que fogem de violências e de perseguições, a Comunidade internacional assumiu compromissos bem determinados”.

“O respeito dos seus direitos, assim como das justas preocupações pela segurança e pela unidade social, favorecem uma convivência estável e harmoniosa”, assinala.

Para Bento XVI, é fundamental que “todos os que são forçados a deixar as suas casas ou a sua terra” sejam ajudados a “encontrar um lugar no qual viver em paz e em segurança, onde trabalhar e assumir os direitos e deveres existentes no país que os acolhe”.

O Papa manifesta solidariedade a quem tem de “enfrentar a difícil experiência da migração, nas suas diversas expressões: internas ou internacionais, permanentes ou periódicas, económicas ou políticas, voluntárias ou forçadas”.

A mensagem admite que “os Estados têm o direito de regular os fluxos migratórios e de defender as próprias fronteiras” e indica que “os imigrantes têm o dever de se integrarem no país que os recebe, respeitando as suas leis e a identidade nacional”.

A “dimensão religiosa da vida” merece particular destaque, com Bento XVI a afirmar que, nas actuais sociedades, “as pessoas de várias religiões são estimuladas ao diálogo, para que se possa encontrar uma serena e frutuosa convivência no respeito das legítimas diferenças”.

Bento XVI convida ainda a “apoiar o compromisso a favor dos estudantes estrangeiros e acompanhar a atenção pelos seus problemas concretos”.

“Uma vida de comunhão e de partilha com todos, sobretudo com os migrantes; apoia a doação de si aos demais, ao seu bem, ao bem de todos, na comunidade política local, nacional e mundial”, assinala.

Em conclusão, o Papa assegura rezar para que todos sejam “capazes de estabelecer relações fraternas” e se incrementem “a compreensão e a estima recíproca entre os povos e as culturas”.

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