Bento XVI pede maior «utilização do sacramento da confissão»

Papa apelou, no Angelus, à purificação através da penitência para evitar «a morte da alma» Bento XVI afirmou este Domingo que os pecados que cometemos “distanciam-nos de Deus, e se não são confessados humildemente confiando na misericórdia divina, chegam até mesmo a produzir a morte da alma”. O Papa falava na Praça de São Pedro, no Vaticano, perante cerca de 40 mil fiéis, actualizando o episódio da Bíblia da cura do leproso. Segundo a antiga lei hebraica, a lepra era considerada não apenas uma doença, mas uma grave forma de “impureza”. Cabia aos sacerdotes diagnosticá-la e declarar impuro o doente, que devia ser afastado da comunidade e viver fora da cidade, até certificada a cura. Bento XVI lembrou que a lepra constituía um tipo de morte religiosa e civil e a sua cura era uma espécie de ressurreição. “Na lepra é possível ver um símbolo do pecado, que é a verdadeira impureza do coração, capaz de nos distanciar de Deus. Não é, de facto, a doença física da lepra, como previam as antigas normas, que nos separa de Deus, mas a culpa, o mal espiritual e moral”. Bento XVI afirmou que no sacramento da penitência, “somos purificados com a misericórdia infinita de Deus, nos restitui a comunhão com o Pai celeste e com os irmãos, nos doa o seu amor, a sua alegria e a sua paz”. O Papa pediu que o sacramento da Confissão seja utilizado “frequentemente, de forma a evitar o pecado” e que este deve hoje “ser descoberto ainda mais no seu valor e na sua importância para a nossa vida cristã”. Na conclusão da oração do Angelus, o Papa dirigiu-se ao peregrinos de língua portuguesa saudando “o grupo das paróquias do Barreiro e Vale de Figueira, em Portugal, e demais peregrinos de língua portuguesa, desejando que esta vossa peregrinação vos ajude a fortalecer a confiança em Jesus Cristo e a encarnar na vida a sua mensagem de salvação. De coração vos agradeço e abençoo. Ide com Deus”. Redacção/Rádio Vaticano FOTO: Lusa

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Agência ECCLESIA

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