O Arcebispo Angelo Bagnasco, presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), tem sido alvo de gestos ameaçadores contra a sua pessoa, após ter condenado a legalização das uniões de facto no país. Bento XVI já telefonou ao Arcebispo de Génova, para lhe oferecer apoio e expressar a sua solidariedade. O director da sala de imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, informou que o telefonema foi “pessoal e de solidariedade”, sem oferecer mais detalhes. Esta segunda-feira, a Santa Sé divulgou o telegrama enviado por Bento XVI ao Arcebispo Bagnasco, no qual o Papa se mostrava “profundamente atingido” pelas ameaças dirigidas contra o presidente da CEI, que perturbam “a serena convivência entre a comunidade eclesial e a civil”. O telegrama convida o Arcebispo de Génova a continuar no seu trabalho em prol do “bem comum, promovendo valores humanos e religiosos sem os quais não é possível construir democracias verdadeiras e estáveis”. Anteriormente, o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, tinha solicitado à Itália que não deixasse D. Bagnasco sozinho e o apoio da Nação ao arcebispo, expressado pelo Presidente da República, Giorgio Napolitano, foi muito apreciado no Vaticano. “As ameaças contra o Arcebispo vêm de grupos marginais da sociedade, os quais se alimentam em certos ambientes, mesmo políticos, que fomentam na base social sentimentos hostis à Igreja”, denunciou o serviço de informação do episcopado italiano (SIR).