Bento XVI lembra tempos de seminarista

Bento XVI lembrou os seus tempos de seminarista em Freising (Alemanha), nas décadas de 40 e 50 do século passado, revelando os seus interesses de então na Literatura: Dostoievski, “a moda do momento, e os “grandes franceses” – Claudel, Mauriac, Bernanos -, bem como a “literatura alemã”. Pela segunda vez no seu pontificado, Bento XVI deslocou-se no passado Sábado à tarde ao “seu” Seminário Maior de Latrão, por ocasião da festa da Padroeira, Nossa Senhora da Confiança. Em vez de um discurso escrito, o Papa preferiu responder, de modo improvisado, e com referência à sua experiência pessoal, a seis questões expressas por outros tantos seminaristas, sobre diversos aspectos da formação e da vida sacerdotal. Bento XVI citou, por várias vezes, o exemplo de Santo Agostinho e revelou passagens de uma carta que lhe foi enviada pelo Cardeal Martini, ao completar 80 anos, destacando o valor da “graça da perseverança”. Aos futuros padres da Diocese de Roma, o Papa pediu uma profunda atenção à “Palavra de Deus” e à oração, referindo que “Deus fala connosco de diversíssimas maneiras”. “É importante ler a Sagrada Escritura de um modo muito pessoal, por um lado e como Palavra de Deus que é sempre actual e fala comigo”, referiu. O Papa revelou mesmo uma “receita” pessoal: combina a preparação da homilia dominical com a “meditação pessoal”, com o objectivo de “fazer com que estas palavras não sejam ditas só para os outros, mas sejam realmente palavras ditas pelo Senhor para mim mesmo”.

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