Bento XVI apresentou esta Quarta-feira a figura de São Bonifácio, o “apóstolo dos povos germânicos”, prosseguindo o quinto ciclo catequético de seu pontificado, dedicado desta feira aos grandes Escritores da Igreja do Oriente e do Ocidente, na Idade Média. São Bonifácio, Winfrido de nascimento, nasceu na Grã-Bretanha por volta do ano 675. Ainda muito jovem entrou num mosteiro, no qual se destacou pela sua inteligência. Uma vez ordenado sacerdote, sentiu o chamamento de Deus para ser missionário. Enviado à Frísia, actual Holanda, fracassou na sua primeira acção evangelizadora, por oposição do chefe local. Sem desanimar, dirigiu-se a Roma, onde o Papa Gregório II lhe confiou a tarefa de evangelizar os povos germânicos, dando-lhe o nome de Bonifácio. Em pouco tempo, a sua obra deu resultados extraordinários. Assim, o Papa conferiu-lhe a ordenação episcopal. São Bonifácio construiu numerosos mosteiros, que se converteram em autênticos focos de cultura e espiritualidade. Em 754, enquanto evangelizava novamente a Holanda, alguns pagãos assassinaram-no na cidade de Dokkum, enquanto celebrava a Missa. Da sua vida e obra, disse o Papa, “podemos ressaltar a centralidade da Palavra de Deus, a total comunhão com Bispo de Roma e a promoção do encontro entre a cultura romano-cristã e a cultura germânica”. No final da audiência geral, o Papa dirigiu-se aos peregrinos de língua portuguesa, com uma “saudação afectuosa para todos os presentes, nomeadamente para as Irmãs Carmelitas Mensageiras do Espírito Santo, com votos duma boa viagem de regresso às vossas terras e comunidades, que vos esperam transfigurados pela graça desta romagem penitencial aos túmulos dos Apóstolos”. “Também eu vo-lo desejo, pedindo ao Espírito divino que guie a vossa mente e os vossos passos pelas sendas dum encontro sempre novo e surpreendente com Jesus Cristo. Ele é a suspirada Bênção de Deus Pai para vós e toda a humanidade”, concluiu.