Visita continua a ser «fonte de inspiração», diz porta-voz dos bispos
Lisboa, 10 mai 2012 (Ecclesia) – O porta-voz dos bispos portugueses, padre Manuel Morujão, salientou hoje que a visita de Bento XVI a Portugal, realizada há dois anos, continua a ser “fonte de inspiração” para os católicos.
“Permanece connosco a figura de um Papa próximo e acolhedor, de um intelectual que sabe ser afetuoso, que se mostrou enriquecido com a experiência de fé do nosso povo”, referiu o responsável em entrevista por escrito à Agência ECCLESIA.
Bento XVI chegou a Portugal a 11 de maio, dia em que celebrou missa no Terreiro do Paço, uma das mais emblemáticas praças de Lisboa, tendo viajado para Fátima no dia seguinte, onde presidiu à peregrinação de 12 e 13, e concluiu a estadia no Porto, a 14 de maio.
“Seguramente que a visita do Papa, passados que são dois anos, continua a ser fonte de inspiração, a firmar-nos na fé, a dinamizar-nos na caridade e alimentar a nossa esperança”, sublinhou o secretário da Conferência Episcopal Portuguesa.
O sacerdote considera que os discursos e homilias de Bento XVI “foram refletidos e assimilados” pelos seus destinatários, agentes do “mundo da cultura, pastoral social, bispos, padres e consagrados, leigos e famílias”.
Após a passagem do Papa por Portugal foi iniciada uma auscultação a “milhares de pessoas” de dioceses, paróquias, movimentos e congregações religiosas, processo que está a ser trabalhado no documento “Repensar juntos a Pastoral da Igreja em Portugal”.
A iniciativa “tem sido uma pedagogia para lutar contra o imobilismo e o ‘deixa correr’, tentações frequentes em qualquer campo, também na Igreja”, aponta o responsável.
Na última assembleia plenária do Episcopado, realizada em abril, foi apresentado um plano para concretizar algumas diretivas comuns à Igreja em Portugal resultantes do estudo.
A divulgação na mesma reunião dos resultados do inquérito “Identidades religiosas em Portugal: representações, valores e práticas” fez com que os bispos determinassem a reformulação do texto, tendo em conta as conclusões da investigação conduzida pela Universidade Católica Portuguesa.
O Conselho Permanente do episcopado anunciou esta terça-feira que o novo documento vai ser preparado por uma equipa formada por pessoas ligadas “à sociologia religiosa e à pastoral”, dirigida pelo presidente da Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização, D. António Couto.
RJM