Bento XVI destaca ligação entre judeus e católicos

O segundo dia de visita de Bento XVI à Terra Santa, com a primeira etapa a decorrer na Jordânia, começou com a celebração da eucaristia, na capela da Nunciatura Apostólica de Amã. O Papa seguiu depois para o Monte Nebo, local onde a tradição afirma que Moisés avistou a Terra prometida e onde se encontra a Basílica do Memorial de Moisés. Neste local, Bento XVI foi acolhido pelos cristãos, antes ainda de subir ao Monte Nebo, com uma altura de 840 metros, de onde contemplou Jerusalém no horizonte, tal como Moisés. “Que a paz esteja convosco”, saudou o Papa em árabe, aos cerca de 50 sacerdotes presentes. No seu discurso, Bento XVI evidenciou o facto de a sua peregrinação ter início na montanha, onde Moisés contemplou de longe a Terra Prometida. No Monte Nebo foi construída uma pequena igreja no século IV, e encontram-se os vestígios de uma basílica e de um mosteiro. “No alto do Monte Nebo, a memória de Moisés convida-nos a perceber as obras maravilhosas de Deus no passado, mas também a olhar com fé e esperança para o futuro que ele reservou para nós e para o mundo inteiro”. Falando da peregrinação aos lugares santos, Bento XVI afirmou que esta antiga tradição recorda o inseparável vínculo que une a Igreja ao povo judeu. “Desde o início, a Igreja nestas terras comemorou, na própria liturgia, as grandes figuras do Antigo Testamento, como sinal do seu profundo apreço pela unidade dos dois Testamentos”. O Papa desejou que este encontro possa “inspirar um amor renovado pelas Escrituras e o desejo de superar qualquer obstáculo que se oponha à reconciliação entre cristãos e judeus, no respeito recíproco e na cooperação a serviço daquela paz à qual a palavra de Deus nos chama”.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top