Última Missa nos EUA centrada na acção da Igreja Católica nas áreas sociais, em especial junto dos mais desprotegidos Mais de 60 mil norte-americanos encheram o Yankee Stadium de Nova Iorque para a última Missa presidida por Bento XVI na visita de seis dias aos EUA, que se conclui este Domingo. Na homilia, que dedicou à acção social da Igreja no país, o Papa deixou um apelo contra o aborto e a exclusão, defendendo “o respeito pela dignidade e os direitos de cada homem, mulher e criança no mundo, incluindo os mais indefesos entre os seres humanos, as crianças ainda não nascidas”. “A comunidade católica desta nação tem dado um grande testemunho profético em defesa da vida, na educação dos jovens, no cuidar dos pobres, dos doentes e dos que vêm de fora. É sobre estas sólidas bases que também hoje há-de começar a surgir o futuro da Igreja na América”, apontou. Citando João Paulo II, o actual Papa pediu aos católicos norte-americanos que “façam com que a vossa fé e o vosso amor dêem fruto no auxílio aos pobres, aos necessitados e aos que não têm voz”. “Deus abençoe a América”, disse por diversas vezes. Liberdade Regressando a um dos temas mais tratados nesta viagem, Bento XVI frisou que “nesta terra de liberdade religiosa, os católicos encontraram não só a liberdade de praticar a sua própria fé, mas também de participar plenamente na vida civil, levando consigo as suas próprias convicções morais para a praça pública”. Na homilia, Bento XVI começou por recordar os 200 anos da criação das dioceses de Nova Iorque, Boston, Filadélfia e Louisville. “Uma celebração que só por si – observou – constitui um sinal de impressionante crescimento que Deus concedeu à Igreja, neste país, ao longo destes dois séculos”. Bento XVI recordou “os sacrifícios espirituais agradáveis a Deus”, oferecidos na vida quotidiana, aparentemente simples, de tantas “pedras vivas” que edificaram a Igreja, na América, neste longo período de crescimento. O Papa referiu nomeadamente as sucessivas ondas de emigrantes; a vigorosa fé que edificou toda uma vasta rede de igrejas, instituições educativas, sanitárias e sociais; os inúmeros pais e mães de família que transmitiram a fé aos filhos; o ministério quotidiano de tantos sacerdotes que desgastaram a própria vida na cura de almas; o incalculável contributo de tantos religiosos e religiosas. “A Igreja nos EUA foi edificada na fidelidade aos dois mandamentos do amor a Deus e do amor ao próximo. Nesta terra de liberdade e de oportunidades, a Igreja uniu entre si, na profissão da fé, grupos muito diversos. Através das suas muitas obras educativas, caritativas e sociais, contribuiu também de modo significativo para o crescimento da sociedade americana no seu conjunto”, indicou. (Com Rádio Vaticano)