Papa assinala Dia do Consagrado, no Vaticano, e pede atenção particular aos mais pobres
Cidade do Vaticano, 02 Fev (Ecclesia) – Bento XVI defendeu hoje, no Vaticano, a necessidade de um testemunho “luminoso e coerente” dos cristãos face ao “relativismo que toca os valores fundamentais” e à “marginalização progressiva da religião da esfera pública”.
Na celebração que assinalou o Dia do Consagrado, na Basílica de São Pedro, o Papa falou ainda de um “radical pluralidade”, sobretudo “nas sociedades mais desenvolvidas”, apelando a um “esforço educativo atento e generoso”.
Perante centenas de religiosos e religiosas de diversas ordens e congregações da Igreja Católica, Bento XVI pediu que estas instituições saibam orientar “a inteligência e o coração dos homens e mulheres do nosso tempo para a vida boa do Evangelho”.
O Papa afirmou que “nada pode ser colocado antes ao amor pessoal por Cristo e pelos pobres nos quais ele vive”.
“A verdadeira profecia nasce de Deus, da amizade com ele, da escuta atenta da sua Palavra nas diversas circunstâncias da história”, prosseguiu.
Aos consagrados e consagradas, acrescentou, “é dado manifestar o primado de Deus, a paixão pelo Evangelho praticado como forma de vida e anunciado aos pobres e aos últimos da terra”.
O Dia do Consagrado, inserido na Semana com o mesmo nome, celebra-se a 2 de Fevereiro, data em que a Igreja assinala a festa da Apresentação do Senhor, durante a qual se evoca o momento em que Cristo, 40 dias após o seu nascimento, foi oferecido a Deus pelos pais, em rito previsto nos preceitos religiosos judaicos.
A respeito desta festa litúrgica, o Papa aludiu a quantos “homens e mulheres, são chamados a reproduzir na Igreja e no mundo, mediante os conselhos evangélicos (votos de castidade, pobreza e obediência, ndr), os traços característicos de Jesus”.
Na conclusão da sua homilia, Bento XVI saudou “com especial afecto todos os consagrados e as consagradas, em todas as partes da terra”.
Segundo os últimos dados disponibilizados pelo Vaticano, as religiosas são quase 74 mil, em todo o mundo, enquanto os religiosos são cerca de 170 mil (135 mil padres e 54 mil irmãos).
Em Portugal, as religiosas são mais de 5400 e os religiosos mais de 1500, de acordo com os números divulgados pela Conferência nacional.
OC