Bento XVI convidado a ir a Timor

José Ramos Horta, primeiro-ministro de Timor Leste e Prémio Nobel da Paz em 1996, convidou, ontem, Bento XVI a visitar aquele país lusófono. Perante o convite, o Papa disse que ia tê-lo em atenção mas “compreendemos as dificuldades em termos de agenda” – adiantou Ramos Horta à Agência LUSA. Bento XVI está sensibilizado para a situação em Timor-Leste e «o novo núncio, sediado em Jacarta, tem instruções para dar todo o apoio ao diálogo” no país. Ramos Horta sublinhou ainda que informou Bento XVI da decisão “de abrir uma embaixada no Vaticano, em princípio em Janeiro (de 2007). Segundo o governante timorense, o embaixador designado para o Vaticano, Justino Guterres, esteve presente na audiência, que contou ainda com a presença do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone. O primeiro-ministro timorense – em declarações publicadas antes do encontro pela agência «Fides» – realçou que a Igreja Católica é “a única instituição sólida que absorveu o tecido cultural da ilha”, com um papel decisivo para superar a actual crise que o país atravessa. A situação nesta pequena nação do sudeste asiático degenerou na primavera de 2006, quando o então primeiro-ministro Mari Alkatiri expulsou 600 membros do exército. Os confrontos provocaram a deslocação de milhares de pessoas. Nos últimos dias, o país voltou a viver ondas de violência que Ramos Horta atribuiu a “bandos de criminosos”. A independência de Timor Leste, antiga colónia portuguesa ocupada pela Indonésia, obteve reconhecimento internacional em Maio de 2002. Trata-se de um dos países mais pobres da Ásia, e é, depois das Filipinas, a segunda nação asiática com uma população maioritariamente católica (90%).

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