Bento XVI condenou ontem o assassinato do pequeno Tommaso Onofri, de 18 meses, encontrado morto no sábado junto a um descampado perto de Parma, um mês depois de ter sido raptado. “Estamos todos afectados pelos acontecimentos ligados ao pequeno Tommaso, barbaramente assassinado”, assegurou, após a oração do Angelus. O Papa pediu aos peregrinos que rezassem pela criança “e por todas as vítimas da violência”. A morte da criança deixou a Itália em estado de choque e várias vozes se levantaram para pedir uma mudança na lei que permita a pena de morte para os responsáveis por assassinatos de crianças. A Comunidade Católica de Santo Egídio exprime, em comunicado, a sua solidariedade para com a família da criança, mas sublinha que nada justifica a pena de morte “porque não restitui a vida” da vítima, mas, pelo contrário, “confirma e faz crescer a cultura de morte”. Uma mulher e dois homens, que tinham trabalhado nas obras da casa da família Onofri, são os principais suspeitos. Inquirido no sábado, um deles confessou à polícia que a criança foi morta um dia depois de ser raptada, “porque não parava de chorar”. Mario Alessi, de 44 anos e Salvadore Raimondi, de 27, trocaram acusações mútuas sobre a responsabilidade na morte. Logo após o desaparecimento de Tommaso, o Papa apelara à entrega imediata do menino aos pais.
