Bento XVI aposta nas potencialidades dos jovens militares

Numa sociedade onde a Igreja tem dificuldade em dialogar com a juventude, a pastoral no mundo militar é de “extrema importância para a Igreja” porque “contacta com um grande número de jovens”. D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas e de Segurança, afirmou à Agência ECCLESIA que esta foi a “grande directiva que Bento XVI deixou ao Ordinariato Castrense”. No diálogo com Bento XVI, o prelado português realçou que a “grande preocupação” da maior diocese portuguesa passa “pela formação de todos estes jovens”. E acrescenta: “uma formação que respeite o pluralismo visto que temos militares, tal como a sociedade portuguesa, que não são crentes”. Em nome da Liberdade Religiosa, o Ordinariato Castrense “sempre defendeu que outros cultos deveriam estar representados se tivessem crentes”. A filosofia da paz deve estar presente no mundo militar. E exemplificou: “no caso da guerra no Iraque mostrámos a ilegitimidade dessa situação”. Em relação às Missões Internacionais e a presença da Igreja nesses campos, D. Januário Torgal Ferreira assegurou que “a Igreja portuguesa está presente” com o intuito de “ajudar espiritualmente e humanamente os militares”. Em Portugal, a taxa de pessoas do sexo feminino nas Forças Armadas é “alta”. Perante estes números, D. Januário Torgal Ferreira sublinhou que a razão essencial era “a vocação”, mas também existem “situações para fugir ao desemprego”. “Bento XVI mostrou que conhecia a realidade portuguesa, ao afirmar que Portugal estava a lutar contra o desemprego e a economia está a dar passos largos” – salienta o prelado português. Quando os conceitos de laicismo e secularização estão na ordem do dia, o Bispo das Forças Armadas e de Segurança lamentou “a falta de capelães militares”.

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