Bento XVI alerta para os riscos do activismo

Uma verdadeira síntese do pontificado: assim se tem revelado esta viagem pontifícia à Alemanha, da qual o Papa escreveu mais um capítulo esta tarde. Presidindo à celebração das Vésperas, com religiosos e seminaristas da Baviera, na Basílica de Santa Ana (Altötting), Bento XVI alertou para os riscos do activismo, em especial nos padres e líderes da comunidade eclesial. “Quando ao sacerdotes, por causa de grandes compromissos, permitem que o tempo para estar com o Senhor se reduza cada vez mais, perdem a força interior que os sustenta, apesar da sua actividade heróica. Aquilo que fazem torna-se um activismo vazio”, apontou na homilia da celebração. A justificação para o alerta é simples e clara: “Só quem está com o Senhor pode conhecê-lo”. Por isso, o Papa pediu “operários para a messe”, homens dispostos a seguir Deus e o seu projecto. Nesse trabalho, “a primeira coisa, e a mais importante, é a Missa quotidiano, sempre com profunda participação interior”. A falta de vocações para o sacerdócio não foi esquecida: o Papa falou da necessidade de padres, não só na América Latina, na Ásia ou na África, mas também no Ocidente, na própria Alemanha e “na vastidão da Rússia”. Há três semanas, na recitação do Angelus, Bento XVI criticara o activismo que ameaça o homem moderno e defendeu a importância da experiência do silêncio e da contemplação. No final das Vésperas, esta tarde, o Papa deixou aos pés da imagem da Virgem Negra, do séc. XIV, o anel que usou enquanto Arcebispo.

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