A Comissão encarregada de investigar as queixas de abusos sexuais contra membros da Igreja Católica da Bélgica anunciou que vai apresentar a sua demissão em bloco na próxima Quinta-feira, 1 de Julho.
O presidente da comissão, Peter Adriaenssens, anunciou que a comissão vai recomendar um outro acolhimento para as vítimas de abusos em sua igreja.
Segundo comunicado enviado à Agência ECCLESIA, os membros da Comissão consideram que a “indispensável confiança” com as autoridades judiciais desapareceu, após as buscas da última semana, quando a polícia belga revistou a sede Arquidiocese de Bruxelas, em busca de provas associadas a denúncias de pedofilia.
Nas buscas foram confiscados todos os documentos de trabalho da referida comissão, relativos a 475 cidadãos.
“Esperamos que, a seguir a esta demissão, sejam tomadas medidas construtivas e que a prioridade seja dada às vítimas”, indicam os membros da comissão, apelando à “discrição” face às vítimas e a “sanções adequadas” para os abusadores.
O Papa enviou uma carta ao presidente dos bispos belgas, D. Andre Joseph Léonard, a expressar solidariedade e a classificar como “deploráveis e surpreendentes” as buscas realizadas pela polícia.