A diocese de Beja prepara-se para receber a imagem da Virgem peregrina no próximo tempo pascal. Com vista a uma preparação que seja “já de missão”, o Bispo D. António Vitalino encontra-se com os colaboradores das paróquias que vão receber a imagem. “A devoção do povo alentejano a Nossa Senhora é uma boa oportunidade para formar as pessoas e para instar à missão”, afirma o Bispo de Beja à Agência ECCLESIA. “Não basta juntar as pessoas em torno de uma imagem”, explica, pois a essas manifestações o povo português adere sempre. Esta preparação destina-se transformar esta visita numa oportunidade de formação. Mas é também uma oportunidade para as pessoas saírem do anonimato. Os alentejanos vivem muito “dentro de casa”, aponta D. António Vitalino, e as acções sociais e solidárias na vida concreta “pouco se notam”. As crenças cristãs devem sair para fora de casa e das igrejas também. O Alentejo “muito disperso e desertificado” tem dificuldades em reunir as pessoas. As actividades previstas para receber a imagem da Virgem são uma oportunidade também para perceber o capital humano que a diocese tem com vista à organização do Sínodo Diocesano. Evitando “procissões” e provocando “o estado de missão”, a imagem vai visitar as paróquias que os párocos solicitaram. O percurso é iniciado em Grândola, no litoral alentejano onde “as práticas religiosas precisam de revitalizadas”, seguindo para Vila Nova de Santo André, São Teotónio e só depois segue para Beja.