Beja: Diocese premeia diálogo com a cultura, natureza e espiritualidade

Primeira edição do galardão «Terras sem Sombra» distingue, entre outros, a Academia Pontifícia Romana de Arqueologia

Beja, 07 mai 2011 (Ecclesia) – A principal instituição arqueológica do Vaticano, um biólogo português e uma soprano norte-americana vão ser hoje contemplados com o prémio “Terras sem Sombra”, criado este ano pelo Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja.

“O grande objetivo é reforçar a colocação do Alentejo no centro das rotas culturais e artísticas da Europa mas, por outro lado, distinguir pessoas que souberam estabelecer pontes entre diferentes domínios, que refletiram sobre o diálogo entre a natureza e a espiritualidade, entre a cultura e a religião” sublinha José António Falcão, diretor do DPHA, em declarações à Agência ECCLESIA.

De acordo com este responsável, a Academia Pontifícia Romana de Arqueologia, fundada em 1810, é uma das entidades que correspondem a este perfil, devido a “uma atividade extremamente fecunda na salvaguarda e no estudo de monumentos, não só da Antiguidade como da Idade Média”.

No domínio ambiental, o destaque vai para Mário Ruivo, biólogo português que se tem assumido como “uma referência internacional no campo dos estudos oceanográficos”.

Finalmente, a nível artístico, as atenções centram-se em Cheryl Studer, uma soprano norte-americana apresentada por José António Falcão como “uma voz de referência na atualidade, cuja carreira internacional tem iluminado os palcos dos principais teatros de todo o mundo”.

Este galardão surge integrado na sétima edição do Festival “Terras sem Sombra”, que está a decorrer na diocese de Beja, e que este ano tem convidado os participantes a uma “peregrinação interior”, através da música sacra, do património arquitetónico e religioso, de toda a envolvente natural que a região alentejana proporciona.

Para José António Falcão, “o diálogo entre o passado e o presente, com um olhar no futuro, é fundamental para conseguir uma maior sustentabilidade nas ações humanas”.

Nisto, aponta que o festival tem sido “uma aposta ganha”, quer pela “participação entusiástica do público”, quer pelas oportunidades de reflexão que tem proporcionado.

“Hoje espera-se que a Igreja, dentro da sua missão específica, consiga abrir portas sobre outras realidades” realça José António Falcão, para quem a cultura, a música e o ambiente assumem nesta matéria “uma importância cada vez maior”, já que “não existem fronteiras”.

O Prémio “Terras sem Sombra” tem entrega marcada para as 17 e 30 deste sábado, na Igreja Matriz de Santiago Maior, em Santiago do Cacém.

JCP

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