D. José Pedreira defendeu ontem, durante a celebração que assinalou os sete anos da Beatificação de D. Frei Bartolomeu dos Mártires, que este deve ser para todos «modelo de fidelidade à fé e dedicação à Igreja de Cristo, vivida no serviço comprometido a esta Igreja de Viana do Castelo, com predilecção pelos mais carenciados». Falando na igreja de S. Domingos, no convento fundado pelo venerável arcebispo e ao lado do seu túmulo, o Bispo de Viana do Castelo desafiou os diocesanos a deixarem-se cativar pelo «projecto de vida» que conduziu o servo de Deus às honras dos altares e a solicitarem a sua protecção para saberem superar as «dificuldades e limitações». Da rica e multifacetada personalidade, o prelado destacou o «ardente zelo apostólico» revelado, entre outras iniciativas pela «visita pastoral às paróquias da vasta Diocese». Ciente das carências da sua época, salientou o presidente da celebração, «lançou uma verdadeira cruzada de evangelização e formação dos fiéis leigos» e empreendeu «a formação cultural, teológica, moral e pastoral do clero», então marcado por rudimentar e deficiente preparação. D. José Pedreira referiu que as carestias da época levaram D. Frei Bartolomeu dos Mártires a inovar nas formas de ir ao encontro das «classes mais pobres e carenciadas», distribuindo por uma parte dos réditos da diocese. D. José Pedreira, que apresentou o Arcebispo Santo como um «amigo de Viana do Castelo», exortou a suplicar a este grande impulsionador da fé dos nossos antepassados, para que continue a «interceder por nós diante de Deus». No decurso desta Semana da Diocese, por ocasião das comemorações dos 31 anos da sua fundação, o Beato Frei Bartolomeu dos Mártires volta a ser alvo de homenagem no próximo Sábado com a inauguração de uma exposição no Museu Municipal e da sua estátua equestre no Largo de S. Domingos.