Beata Alexandrina, um tesouro a descobrir

Síntese das palavras de D. Jorge Ortiga por ocasião do simpósio sobre Alexandrina de Balasar 1 – O mundo moderno, particularmente na linguagem da juventude, é caracterizado por um certo mimetismo. “Fazer o que os outros fazem”. “Viver como os outros vivem”. Este caminho de imitação acontece na vulgaridade e no negativo. Faltam referências positivas capazes de atrair e motivar. Vir a Balasar para encerrar o Ano Eucarístico é para a Arquidiocese, a oportunidade de verificar como é possível viver da Eucaristia. A Beata Alexandrina, num sentido físico e particularmente espiritual, encontrou na Eucaristia a serenidade e a força para viver a vocação de discípula do Senhor. 2 – Só que, depois da Beatificação, deixou de ser a “Santinha de Balasar” para pertencer à Igreja e a Arquidiocese que tem o dever de a imitar e de a dar a conhecer. Ninguém ignora a profundidade dos seus escritos, como que inspirados, que necessitam dum tratamento crítico para uma compreensão exacta dos conteúdos e mensagem. Há um tesouro que urge descobrir. Este simpósio significou a vontade de continuarmos a perscrutar e encontrar as “maravilhas” que Deus realizou. Tratou-se dum “Preâmbulo” dum “Prefácio”. Teremos de continuar, concretizando, no mais curto espaço de tempo possível, uma Edição Crítica. 3 – A obra actual exige que a Arquidiocese testemunhe a sua gratidão. – À paróquia que a “gerou” para a Igreja e que preservou o seu testemunho com amor verdadeiro. Testemunho inequívoco é o modo como preparou e viveu, em corresponsabilidade alegre, esta efeméride. – Ao Pe. Francisco pela perspicácia em conservar a mensagem que tem vindo a legar na convicção dum património paroquial ao serviço da Igreja. – Ao Pe. Granja que se identificou com a causa e que já conseguiu imprimir uma dinâmica a toda a comunidade, tornando-a centro de reconciliação e adoração. – À Junta de Freguesia e à Câmara da Póvoa de Varzim que reconheceram a importância do acontecimento e têm proporcionado todas as condições para a vida quotidiana da freguesia e para os momentos mais solenes. – À Faculdade de Teologia que quis assumir o encargo de desvendar este tesouro com a responsabilidade de o tornar linguagem acessível e credível. 4 – Hoje formulo uma prece. Se no dia do funeral, celebramos os cinquenta anos da morte de Alexandrina, escassearam as rosas, gostaria de colocar junto da sua sepultura uma rosa por cada comunidade paroquial, por cada sacerdote diocesano ou religioso, por todas as religiosas e cristãos empenhados na Igreja. Esta rosa é sinal do “salto” – não já da janela como Alexandrina – mas de qualidade de vida evangélica que encontra a sua expressão nas Eucaristias e o seu testemunho na vida do dia a dia. Encerra-se o Sínodo e o Ano Eucarístico, em Roma, com Canonizações. Como Arquidiocese, queremos viver da Eucaristia e viver para a Igreja com uma Vida de Santidade. (Síntese das palavras por ocasião do Simpósio — 22/10/2005 — Balasar) D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga, Arcebispo Primaz

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