Beata Alexandrina Maria da Costa ou de Balasar?

D. Jorge Ortiga convida a comunidade diocesana a celebrar, dia 13 Outubro, a festa litúrgica do aniversário Depois do grande acontecimento da beatificação, em Roma, da Alexandrina Maria – invocada pelo povo como Alexandrina de Balasar – em 25 de Abril de 2004, alguns sacerdotes e fiéis manifestaram o desejo de que o nome oficial com que deveria ficar no calendário litúrgico esta glória da nossa Arquidiocese e da Igreja seria o de Beata Alexandrina de Balasar, em vez do que aparecera na instrução do Processo da Beatificação e Canonização: Alexandrina Maria da Costa. Fazendo-me porta-voz deste legítimo desejo que era também o nosso, como Pastor da Igreja Bracarense, dirigi à Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos – entidade competente neste assunto – um pedido em ordem a obter a indispensável aprovação para o nosso desejo. Em carta datada de 29 de Julho p.p. expunha as razões que me levavam a formular esta petição, sublinhando que era este o tratamento frequente com que os fiéis a ela se dirigiam. A resposta veio logo em 22 de Agosto. Com toda a clareza e deferência, apresentavam-se as orientações a ter presente na liturgia e devoção. (Conferir Documento em anexo). 1. Atendendo a que em todo o iter da Causa de Canonização, a Postulação designou sempre a jovem com o nome de Alexandrina Maria da Costa, seguindo a praxe de outros Processos. 2. Considerando que não se costuma usar o lugar na indicação de um santo, a não ser nas figuras da época antiga ou medieval, para facilitar a sua identificação (Martinho de Tours, Francisco de Assis, Catarina de Sena, Rita de Cássia); 3. Nas orações litúrgicas, a menção do santo não inclui os apelidos nem, eventualmente o nome da terra mas deve ser usada, sempre, a identificação própria, e por isso, no nosso caso concreto, devemos usar Beata Alexandrina Maria da Costa. 4. Por outro lado, atendendo a que “no que diz respeito à devoção e aos usos populares e, nomeadamente à mudança do nome em função da sensibilidade local, essa é legítima e não exige ratificação alguma da parte da Santa Sé”, poderemos continuar a usar, na pregação e devoção popular o nome da Beata Alexandrina de Balasar, como nos habituamos durante longos anos. Convido, dum modo particular, a comunidade diocesana a celebrar, este ano, com grande devoção e alegria a primeira festa litúrgica no aniversário da sua ida para o Céu – dies natalis -, em 13 de Outubro, como nos foi indicado pela mesma Congregação. Recomendo, ainda, aos fiéis da nossa Arquidiocese que tornem conhecida a biografia desta jovem que, para defesa da virgindade, comprometeu a saúde, e se ofereceu generosamente como vítima da Eucaristia e pela conversão dos pecadores. Reconhecendo na Beata Alexandrina, um modelo de entrega à vontade de Deus, iremos, também, pedir-lhe uma maior consciencialização da vocação baptismal e a graça de muitas e santas vocações sacerdotais, religiosas e missionárias. Invoquemos a sua intercessão – como Alexandrina Maria da Costa na liturgia ou Alexandrina de Balasar nas devoções – para alcançar de Deus a graça de mais um milagre, para que em breve possamos celebrar a sua canonização. Notícias relacionadas •Beata Alexandrina – Celebrações

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top