Iniciativa quis desmistificar mitos sobre o Islão e os muçulmanos
Barreiro, 23 jan 2017 (Ecclesia) – A Paróquia de Santo António da Charneca, na Diocese de Setúbal, recebeu o xeque David Munir para desmistificar mitos sobre o Islão e os muçulmanos.
“Bombas, ataques, morte, terrorismo, perseguição, violência doméstica”, foi “a maior parte das respostas” que o pároco da igreja de Santo António da Charneca ouviu de alguns paroquianos sobre o que pensavam do Islão e sobre os muçulmanos.
À Agência ECCLESIA, o padre Tiago Veloso explicou hoje que a sondagem foi feita antes de convidar o responsável da Mesquita Central de Lisboa para uma tertúlia que ajudou os cristãos a “perceberam que ser muçulmano é querer o bem”, procurar Deus “através da oração, jejum, peregrinação, caridade”.
Segundo o sacerdote da Congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (Passionistas), as pessoas perceberam que os muçulmanos “respeitam bastante” Jesus e Maria, a quem o Corão dedica um capítulo inteiro.
Sobre os atentados terroristas, o xeque David Munir afirmou que os muçulmanos sentem “mais que ninguém” os ataques e citou o livro sagrado para explicar que se “alguém matar uma pessoa inocente, é como se matasse toda a humanidade”.
“Foi importante para as pessoas perceberem esse ponto de vista”, observa o sacerdote, adiantando que desde a conferência do último dia 18 é “bombardeado” pelos paroquianos para marcar uma visita à Mesquita Central de Lisboa.
Antes de deixar a Paróquia de Santo António da Charneca, o xeque David Munir convidou o padre Tiago Veloso a organizar uma visita à mesquita “para oração, convívio e almoço”.
O sacerdote passionista explicou que a paroquia está a celebrar 50 anos, organizando conferências para ajudar as pessoas a “perceber outros pontos de vista, outros pensamentos” e “evitar” que se resuma tudo a um dia e a uma festa.
Segundo o padre Tiago Veloso a paróquia vai receber refugiados dentro de umas semanas, por isso, o próximo tema ainda não está fechado.
As conferências são quinzenais, às sextas-feiras, das 21h00 às 22h30, e a paróquia no Barreiro, vai receber até ao final do ano, por exemplo, os políticos José Manuel Pureza e António Bagão Félix ou o professor o Juan Ambrósio, da Faculdade de Teologia.
CB/OC