A campanha deste fim-de-semana do Banco Alimentar Contra a Fome recolheu mais de mil toneladas de géneros alimentícios, um aumento de 130 toneladas face ao mesmo período de 2005, anunciou hoje a presidente da organização, Isabel Jonet. Para a responsável do Banco Alimentar, o balanço da recolha de alimentos foi “muito positivo”, faltando ainda contabilizar as ofertas em vales, introduzidas este ano para as superfícies comerciais com menores dimensões, em que não era possível estarem voluntários do banco. Os alimentos perecíveis começam hoje a ser distribuídos às 200 mil pessoas abrangidas pela acção do Banco Alimentar, enquanto a distribuição dos restantes alimentos às 1172 instituições beneficiárias só tem início amanhã. O resultado deste ano representa um acréscimo de 11,7 % em relação a Maio de 2005. A campanha foi realizada em 591 superfícies comerciais das zonas de Abrantes, Aveiro, Coimbra, Évora, Lisboa, Porto, Setúbal, Cova da Beira, Leiria-Fátima e S. Miguel e pela primeira vez nas Caldas da Rainha/Óbidos. A campanha, cujo lema foi “Ao longo de todo o ano o Banco Alimentar ajuda a pôr um prato na mesa de quem mais precisa. Dias 6 e 7 de Maio, ajude você também”, suscitou uma enorme adesão tanto por parte do público, expressa nas quantidades doadas, como dos voluntários que quiseram colaborar. A actividade dos Bancos Alimentares Contra a Fome prolonga-se ao longo de todo o ano. Para além das campanhas de recolha de géneros alimentares, organizadas duas vezes por ano em grandes superfícies comerciais, os Bancos Alimentares Contra a Fome recolhem doações regulares de géneros alimentares efectuadas pelas empresas, correspondendo, em regra, a excedentes de produção dos sectores agrícola, industrial e comercial ligados ao ramo alimentar que, de outro modo, teriam como destino a destruição. Estes excedentes são recolhidos localmente e a nível nacional no estrito respeito pelas normas de higiene e de segurança alimentar. Em 2005, os dez Bancos Alimentares Contra a Fome operacionais distribuíram um total de 17.704 toneladas de alimentos (equivalentes a um valor global estimado superior a 25,1 milhões de euros), ou seja, um movimento diário médio de 71 toneladas. A actividade dos Bancos norteia-se pelo princípio genérico da “recolha local, ajuda local”, aproximando os dadores dos beneficiários e permitindo uma proximidade entre quem dá e quem recebe.