D. António Marto, um dois delegados da CEP no Sínodo dos Bispos, faz um balanço positivo da primeira fase dos trabalhos da assembleia, durante a qual “apareceram problemas de ordem teológica, pastoral, disciplinar e litúrgica”. “Foi lançado um olhar universal, até no sentido de que os mais variados problemas estão ligados à Eucaristia”, acrescenta. O Bispo de Viseu refere à Agência ECCLESIA que o grande encontro eclesial, a decorrer no Vaticano, tem oferecido até agora “um panorama do que é a vida da Igreja, com cada um a procurar ligar o tema da Eucaristia com a sua realidade”. Os trabalhos do Sínodo dos Bispos, que prosseguem nos chamados Círculos Menores, entram esta tarde numa nova etapa, com a apresentação dos relatórios desses 13 grupos. Amanhã, sábado, a assembleia sinodal começará a discutir a mensagem final do Sínodo, que é dirigida a toda a Igreja. Para o prelado português, a principal novidade surgida até agora prende-se com “o despertar da consciência eucarística da Igreja, sobretudo para a Igreja do Leste”. “Foi emocionante ouvir testemunhos de martírio, em que a Eucaristia foi a força e o alimento dos crentes”, confessa. Reforçando esta convicção, D. António Marto diz mesmo que “se fosse eu a redigir a mensagem partiria exactamente destes testemunhos – a Eucaristia como força na vida dos cristãos, na sua missão no mundo”. Na sua intervenção na aula sinodal, o delegado da CEP falou de “um projecto de evangelização a partir da Eucaristia”, por entender que “para falar ao mundo não vamos falar das questões internas da Igreja, mas da beleza da Eucaristia na vida dos cristãos, da missão que brota dela para o mundo em ordem a construir uma nova civilização”.