Aveiro: Diocese convidada a viver «alegria da misericórdia» em sociedade «individualizada»

Divulgado Plano Diocesano da Pastoral para triénio 2015-2018

Aveiro, 15 out 2015 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro assinala que o lema ‘Viver a alegria da misericórdia’ vai “envolver” uma Igreja com diversos desafios por estar situada numa região com “grande dinamismo de crescimento, complexidade de situações e acentuado índice de mobilidade”.

“São vários os desafios: A fragilidade de tantas famílias, a precarização do trabalho, a ‘turbulência’ dos jovens sem horizontes de esperança para o futuro imediato, o envelhecimento da população e a solidão dos idosos, e tantos outros”, escreve D. António Moiteiro.

Para o prelado, estes desafios “exigem um redobrado esforço” da sociedade e das suas instituições onde se associa a Igreja por “dever de missão solidária” em prol do bem comum e despertam para a “alegria da missão, a força da misericórdia vivida com fé, esperança e caridade”.

Neste contexto, o bispo da Diocese de Aveiro alerta que num mundo em constante mudança, onde se acentua o “individualismo e indiferença” apesar dos apelos à “intervenção e à renovação”, a Igreja e cada cristão deve ser “rosto da misericórdia de Deus”.

O plano pastoral da Diocese de Aveiro está consolidado no símbolo do lava-pés, que se traduz no tema da ‘Misericórdia’, e como tem um horizonte de três anos, entre 2015-2018, vai dividir-se em programas anuais.

Assim, esta Igreja local vai viver durante o atual ano pastoral (2015-2016) o tema ‘Igreja de Aveiro, vive na fé a alegria da misericórdia”; depois em 2016-2017, ‘Igreja de Aveiro, vive na esperança a alegria da misericórdia’; e no último ano (2017-2018), a diocese é convidada a “vive na caridade a alegria da misericórdia”.

Em cada um dos três anos, o DP revela objetivos a serem vividos por todos e se este ano “brotam da alegria da fé e do dinamismo da vida da Igreja e da sociedade”; em 2016-2017 circundam o ser humano no seu todo e o “agir eclesial coerente”, no terceiro ano (2017-2018) os objetivos estão relacionados com a “unidade da atitude teologal” – Fé, esperança e caridade.

Das ações pastorais a realizar ao longo deste triénio destaque para o Congresso Eucarístico Diocesano, em junho no último ano pastoral, com umas jornadas arciprestais preparatórias.

O poliedro, “figura emblemática querida do Papa” (Alegria do Evangelho, nr. 236), é usado no plano diocesano e pretende “evidenciar a beleza” de cada parte integrada no todo: “A harmonia de cada face; a força de coesão e irradiação do conjunto pastoral.”

D. António Moiteiro contextualiza o plano pastoral, que é expressão operativa da Igreja diocesana, em relação à Igreja Universal e considera que está em “grande sintonia” com os documentos do Papa Francisco: A exortação apostólica ‘A alegria do Evangelho’ e a Bula ‘O rosto da Misericórdia (Misericordiae Vultus)’, sobre o Ano Santo da Misericórdia [8 de dezembro – 20 de novembro de 2016].

“Está em sintonia e propõe-se corresponder, de forma adequada à nossa realidade, aos seus apelos e orientações”, acrescenta, revelando que “oportunamente” vai ser anunciado o programa para o Ano Jubilar.

O bispo de Aveiro contextualiza que o plano pastoral é “fruto de um esforço generoso e criativo” dos vários órgãos de participação e de comunhão da diocese.

D. António Moiteiro deseja também que o plano pastoral seja consolidado na “terra fértil” que é a experiência de comunhão realizada no Sínodo Diocesano e na Missão jubilar.

CB

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