Aveiro: Comissão Diocesana da Cultura identifica «sinais inquietantes», questionando projetos de legalização da eutanásia

Organismo católico defende uma «cultura do cuidado, do respeito e do perdão»

Aveiro, 08 set 2020 (Ecclesia) – A Comissão Diocesana da Cultura de Aveiro desafia à “leitura atenta” de alguns indícios que falam de uma “disponibilidade progressiva para a negligência do reconhecimento da inviolabilidade da vida”, num documento divulgado hoje.

“Todo o ser humano é maior do que o seu erro, a sua fragilidade, as suas circunstâncias ou quaisquer limites em que se veja condicionado. Todo o ser humano é portador de uma dignidade que lhe confere uma condição de inviolabilidade que se constitui como um direito e, simultaneamente, um dever”, refere a nota ‘«Sinais inquietantes». por uma cultura do cuidado, do respeito e do perdão’, enviada à Agência ECCLESIA.

O organismo católico fala, em particular, de “uma disponibilidade para aceitar o regresso da pena de morte”, “os sinais de abandono e rejeição da fragilidade e da debilidade, “predispondo-se à aceitação da eutanásia e do eugenismo”.

“São inquietantes os sinais de rejeição dos que, como nós, outrora, imigram e migram ou, ainda mais dolorosamente, têm de refugiar-se onde encontrem paz e tranquilidade. Sendo o ser humano o fulcro, a meta e o horizonte de toda a ação política, são inquietantes os sinais que pretendem fazer dos meios fins e dos fins meios…”, acrescenta.

A Comissão Diocesana da Cultura de Aveiro “apela a uma renovação do sentido da ação política”, que se centre no reconhecimento de que a diversidade de sentir e pensar “não pode constituir-se como pretexto para a promoção de cisões entre pessoas e a rutura dos mais fortes laços de solidariedade e sentido de pertença”.

Anota ‘Sinais inquietantes’ defende “o reconhecimento da inviolabilidade da vida humana, sempre, sem exceções” e a consolidação de “uma cultura do cuidado e do respeito pela dignidade intrínseca a toda a vida humana”.

“Desafia ao reconhecimento de uma genuína fraternidade que se compadece do outro e assume como própria a sua fragilidade e limite. Isso é tornar-se próximo, categoria ativa de quem se aproxima do outro e nele reconhece um irmão, mesmo sem nome, sem terra, sem história”, aponta o organismo da Diocese de Aveiro.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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