Aveiro: Clero convidado a ser «missionário» e «mais ativo» no primeiro dia de formação

Aveiro, 04 fev 2015 (Ecclesia) – O clero da Diocese de Aveiro está reunido nas Jornadas de Formação Permanente sobre o tema “Da Missão à Evangelização e da Evangelização à Missão. Itinerários de Fé”.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a Diocese de Aveiro explica que o bispo de Lamego, na primeira comunicação do encontro, apresentou ao clero seis “chaves de leitura da ‘Evangelii Gaudium’

Para D. António Couto é importante “avançar no caminho de uma conversão pastoral e missionária que não pode deixar as coisas como estão” e como exemplo destacou o “processo catequético de dez anos” mas que “não produz discípulos”.

“A dimensão missionária tem que ser o horizonte permanente da ação da Igreja”, observou.

Aos padres da Diocese de Aveiro, o conferencista alertou que é preciso “uma nova postura de evangelização” que ultrapasse a esfera “da manutenção e da preservação”.

A segunda e terceira chave de leitura da Exortação Apostólica «Evangelii Gaudium» são respetivamente a “atenção aos pobres” e a necessidade das paróquias serem “casas de portas abertas” onde os fiéis encontram Cristo “sem glosas e sem filtros”.

O bispo de Lamego explicou ainda que “a evangelização ‘non stop’”, “o primado da graça sem estratégias” e ainda “o Espírito Santo não condicionado” são s três últimas chaves de leitura.

“Não podemos deixar transformar a tempestade do Pentecostes em ar condicionado”, afirmou D. António Couto.

Segundo o comunicado, o jornalista António Marujo também falou ao clero aveirense e disse que a “Igreja precisa de se afirmar como alternativa” apelando à formação “mais ativa e intensa” dos cristãos em relação à Doutrina Social (DS).

Para o jornalista especialista em assuntos religiosos a Igreja devia saber criar uma “alternativa aos modelos económicos e financeiros vigentes”, com base nos principais pilares da DS.

O conferencista apresentou algumas “periferias” da ‘Evangelii Gaudium’, como: “A cidade e a pastoral urbana”; “a multiculturalidade”; “a solidão”; “a religiosidade popular” e a “pobreza”.

Segundo o autor do blogue ‘Religionline’, na primeira exortação “programática” o Papa Francisco é “tão concreto” que “quase basta ler e aplicar” mas considera que “mesmo no seio da Igreja” bate-se “palmas” ao que o Papa diz sem haver preocupação “em mudar atitudes”.

“A primeira prioridade de Jesus não foi a de levar as pessoas à Missa, nem dar-lhes regras ou normas morais”, comentou António Marujo sobre “o desafio e o sonho” de uma pastoral que chegue a todos mas “abertura e proximidade”.

Hoje, para além de uma reflexão sobre o Plano Diocesano e o Organigrama da Cúria, o programa conta com a conferência “Evangelizar a Pregação”, pelo frei José Nunes.

Esta quinta-feira, o patriarca de Lisboa apresenta o tema “A família no contexto do Sínodo extraordinário para a Família”, uma reflexão sobre a terceira Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, no último dia das Jornadas de Formação Permanente do clero da Diocese de Aveiro.

CB

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