D. António Moiteiro lembrou que Congresso Eucarístico Diocesano realiza-se no final e maio
Aveiro, 29 mar 2018 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro explicou que o Congresso Eucarístico Diocesano “exige” que aprofundem a relação entre “o mistério eucarístico, a ação litúrgica e o novo culto espiritual”, esta noite na Missa da Ceia do Senhor, na Sé.
Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, D. António Moiteiro disse que há necessidade de “empreender iniciativas que levem a despertar e aumentar a fé eucarística”.
“Melhorar o cuidado das celebrações e promover a adoração eucarística, para encorajar uma real caridade que, partindo da Eucaristia, atinja os necessitados”, desenvolveu na Catedral de Aveiro.
Segundo o prelado, o Congresso Eucarístico Diocesano, entre 31 de maio e 3 de junho, “exige” que aprofundem a relação que existe entre “o mistério eucarístico, a ação litúrgica e o novo culto espiritual que deriva da Eucaristia enquanto sacramento da caridade”.
“Jesus Cristo continua a olhar-nos com amor e conta com o nosso testemunho e compromisso transformador, abrindo-nos ao mistério de uma vida gratuitamente oferecida por amor”, assinalou.
Na Eucaristia da Ceia do Senhor, com rito do lava-pés e procissão da Sagrada Reserva, o prelado na homilia realçou que Jesus para dar força à sua decisão de “dar a vida pelos seus”, realizou a ação simbólica de lavar os pés aos discípulos em três atos: “Tirou o manto, tomou uma toalha e colocou-a à cintura.”
Neste contexto, D. António Moiteiro explicou, o significado das três ações simbólicas, primeiro “Jesus não está disposto a que lhe imponham a sua morte” mas aceita a sua hora “como vontade e projeto de Deus”.
O lava-pés é uma ação simbólica da morte de Jesus que se “cinge para não morrer odiando, mas amando”.
“Esta é a luta entre a luz e as trevas, entre o projeto de Deus e o do mundo”, observou, acrescenta do que Jesus cinge-se para a sua morte, para a sua hora, “porque na sua morte está a vitória divina sobre o ódio do mundo”.
O bispo de Aveiro observou que o mundo “não deixa que viva o amor” e Jesus vai ser sacrificado pelo mundo, “como tantos outros”, e como se vê “em tantas zonas de guerra na Síria, Sudão”.
Segundo D. António Moiteiro, o lava-pés continua a ser o gesto no qual cada discípulo de Jesus e cada comunidade cristã “podem continuar a oferecer ao mundo a sua vida em gestos de entrega e de amor”.
CB