Porta-voz do Vaticano confirma que o responsável deixou de ser prefeito da Secretaria da Economia da Santa Sé
Lisboa, 27 fev 2019 (Ecclesia) – Um tribunal de Melbourne, na Austária, ordenou hoje a detenção do cardeal George Pell, condenado em primeira instância pelo abuso sexual de dois rapazes, e marcou a leitura da sentença para o dia 13 de março.
O cardeal australiano continua a declarar-se inocente e o seu advogado anunciou a intenção de interpor um recurso, que será ouvido não por um júri, mas por um colégio de três juízes.
O veredicto do tribunal australiano, em dezembro, tinha sido tornado público apenas esta terça-feira, devido a impedimento legais.
A sala de imprensa da Santa Sé reagiu em comunicado, informando que “para garantir o curso da justiça”, o Papa confirmou as medidas cautelares já ordenadas contra o cardeal Pell pelo arcebispo de Melbourne, aquando do seu regresso à Austrália.
“Aguardando a verificação definitiva dos factos, é proibido ao cardeal, como medida cautelar, o exercício público do ministério e, como determinam as normas, contactos de qualquer maneira e forma com menores de idade”, acrescentou o porta-voz do vaticano, Alessandro Gisotti.
O mesmo responsável confirmou, mais tarde, que o cardeal George Pell deixou de ser o prefeito da Secretaria da Economia da Santa Sé, cargo que ocupava desde 2014.
Em 2017, o Papa concedera ao cardeal australiano um período de licença das suas funções, para que pudesse defender-se das acusações.
OC