Austrália: Bispos pedem perdão por casos de abusos sexuais

D. Anthony Fisher, arcebispo de Sidney, fala em «vergonha» para as comunidades católicas

Lisboa, 06 fev 2017 (Ecclesia) – O arcebispo de Sidney, D. Anthony Fisher, afirmou que a Igreja Católica na Austrália sente “vergonha” pelos casos de abusos sexuais envolvendo pessoal e instituições eclesiásticas no país.

Quase 4050 pessoas denunciaram abusos sexuais a menores alegadamente perpetrados por membros da Igreja Católica na Austrália entre 1980 e 2015, segundo um relatório apresentado hoje, no início de uma nova ronda de audiências da comissão que investiga estes crimes.

D. Anthony Fisher explica, numa mensagem divulgada através do site da Arquidiocese de Sidney, que estão em causa mais de 500 padres, quase 600 religiosos e 100 religiosas.

A ‘Royal Commission’ de resposta institucional aos abusos sexuais de menores começou hoje a sua revisão final do modo como a Igreja Católica lidou com estes casos.

“O que já foi revelado tem sido angustiante”, assinala o arcebispo de Sidney.

D. Anthony Fisher diz-se pessoalmente “abalado” por estas informações.

“A Igreja pede perdão e eu peço perdão pelos falhanços do passado que prejudicaram tantas pessoas. Sei que muitos dos nossos padres, religiosos e leigos sentem o mesmo: como católicos, baixamos a cabeça de vergonha”, acrescenta.

D. Denis J. Hart, arcebispo de Melbourne e presidente da Conferência Episcopal da Austrália, lamenta o “mal feito às vidas das vítimas” de abusos e sublinhou que os dados apresentados nas próximas três semanas na ‘Royal Comission’ serão analisados pela Igreja Católica.

Para este responsável, a hierarquia tem procurado superar a “antiga cultura” que permitiu estes casos, implementando “novas políticas, estruturas e proteções” para a salvaguarda das crianças.

OC

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