Aumenta o número de vítimas nas ilhas Molucas em confrontos entre cristãos e muçulmanos

Os confrontos entre cristãos e muçulmanos que começaram Domingo no arquipélago das Molucas, Indonésia, provocaram já 26 mortos e 118 feridos, segundo um balanço feito por missionários no local. O conflito entre cristãos e muçulmanos lembra outro iniciado em Janeiro de 1999 e que provocou 5.000 mortos e 700.000 refugiados. A violência prossegue , com vários testemunhos a darem conta de tiros, explosões de bombas artesanais e incêndios em edifícios em Ambon, capital do arquipélago indonésio das Molucas. O Pe. Kees Böhm, missionário no local, referiu à agência Misna que entre as vítimas das últimas horas há agentes da autoridade, acrescentando que “centenas de habitações foram incendiadas nas imediações da cidade, bem como a Universidade protestante de Ukim”. O missionário, que é um especialista na situação das Molucas, adverte que a violência tem de ser entendida como “obra de terroristas” que, na prática, se aproveitaram das circunstâncias para agredir a minoria cristã. As autoridades locais e provinciais reuniram-se esta manhã com líderes religiosos para tentar suster a nova onda de violência. A sede da ONU em Ambon foi incendiada Domingo mas os empregados das Nações Unidas estão em segurança, num hotel da cidade. Esta é já a maior onda de violência desde a assinatura de um acordo de paz, em 2002, que pôs termo ao conflito entre cristãos e muçulmanos iniciado em 1999.

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