O conceito de Átrio dos Gentios vem do judaísmo e nasce antes de Jesus Cristo: cerca do ano 20 a.C., o rei Herodes deu início a grandes trabalhos de renovação do segundo templo de Jerusalém. A particularidade deste templo era o facto de, além das áreas reservadas ao povo de Israel (homens, mulheres, sacerdotes), ter sido preparado um espaço no qual todos podiam entrar, judeus ou não.
Este era o átrio dos gentios ou dos pagãos, um recinto que todos podiam atravessar e no qual podiam permanecer, sem distinções de cultura, língua ou credo religioso, um lugar de encontro e de diversidade.
Esta foi a inspiração do Conselho Pontifício da Cultura para promover este projeto como lugar de encontro e de diálogo, espaço de expressão para os que não creem e para os que se colocam questões sobre a própria fé, uma janela sobre o mundo, sobre a cultura contemporânea e uma escuta das vozes que aí ressoam.
Foi assim aberto “um espaço no qual todos podem entrar e participar na busca do Deus desconhecido”.