Bento XVI recebeu este sábado os bispos de Porto Rico, na conclusão da sua visita ad limina apostolorum. Referindo-se aos relatórios apresentados por cada bispo diocesano, o Papa salientou que nos últimos anos mudaram muitas coisas no âmbito social, económico e também religioso, dando passos em direcção à indiferença religiosa e a um certo relativismo moral, que indicem na pratica cristã e que indirectamente afectam também as estruturas da própria sociedade. “Esta situação religiosa interpela os Pastores e exige que permaneçam unidos para tornar mais palpável a presença do Senhor entre os homens através de iniciativas pastorais conjuntas e que respondam melhor às novas realidades”, afirmou o Papa, convidando os Bispos a fazerem com que “a Igreja seja um lugar onde se ensina e se vive o mistério do amor divino, que somente será possível a partir de uma autentica espiritualidade de comunhão que tenha a sua expressão visível na colaboração recíproca e na vida fraterna”. Bento XVI pediu aos bispos que em primeiro lugar dediquem atenção pastoral aos sacerdotes que devem cuidar da sua vida espiritual e da sua formação permanente. No que diz respeito à formação dos candidatos ao sacerdócio o Papa salientou que “os Bispos devem prestar atenção à eleição dos educadores mais idóneos e melhor preparados para esta missão”. O Papa salientou também a necessidade de intensificar uma pastoral familiar incisiva que ajude os esposos cristãos a assumirem os valores fundamentais do sacramento do matrimónio, e de proclamar a verdade da família como Igreja doméstica e santuário da vida, perante certas tendências que na sociedade actual procuram eclipsar ou confundir o valor único e insubstituível do matrimónio entre homem e mulher. Bento XVI recordou também que a educação integral dos mais jovens não pode prescindir do ensinamento religioso na escola. Uma sólida formação religiosa será pois uma protecção eficaz perante o avançar das seitas e de outros grupos religiosos de ampla difusão actual A concluir o Papa salientou que os fiéis católicos, “chamados a ocupar-se das realidades temporais para as ordenar segundo a vontade divina, devem ser testemunhas da sua fé nos diferentes âmbitos da vida publica”. Com Rádio Vaticano