Assunção é sinal de vida após a morte

Na festa de Nossa Senhora do Monte, Bispo do Funchal deixa mensagem de esperança depois dos incêndios e do temporal na Ilha

O Bispo do Funchal, D. António Carrilho, sublinhou que a festa de Nossa Senhora da Assunção, que a Igreja Católica celebrou este Domingo, é um sinal da existência da vida após a morte.

Na missa da solenidade de Nossa Senhora do Monte, padroeira do Funchal e da diocese, o prelado anunciou que estão a ser feitos “todos os esforços para que, em breve, estejam concluídos alguns estudos prévios e seja iniciado o processo de concurso” da reconstrução da Capela das Babosas, arrasada pelo temporal de 20 de Fevereiro.

Diante do crucifixo e da imagem da Imaculada Conceição daquela capela, salvos “de forma quase inexplicável” das enxurradas, D. António Carrilho expressou a sua “profunda solidariedade” a quem passou por “momentos de grande angústia e aflição” ou perdeu os seus bens” na sequência dos incêndios que têm ocorrido no país.

O prelado dirigiu “um forte apelo à consciência e ao coração de todos” para que se evitem, “com maior atenção e cuidado, situações de sofrimento desnecessário e de destruição do ambiente”, dado que com os fogos “todos sofremos e todos ficamos mais pobres”.

Na igreja do Santuário de Nossa Senhora do Monte, ornamentada com flores azuis e brancas – cores com que a Igreja simboliza a Mãe de Jesus – o Bispo do Funchal lembrou os emigrantes que, antes de partirem, “subiam a longa escadaria” daquele espaço sagrado e a ele regressam “agradecidos”.

A elevação de Maria ao céu em corpo e alma, que antecipa a ressurreição de outros crentes – convicção que está na origem da festa de Nossa Senhora da Assunção – é para o Bispo do Funchal um sinal de “consolação” que conduz à “esperança da vida eterna”.

D. António Carrilho recordou que além de convidar à contemplação da realidade definitiva que sucede à morte, a solenidade assinalada a 15 de Agosto constitui também um apelo à imitação das “sublimes virtudes” da Mãe de Jesus “como modelo de fé e de amor”.

Depois de assinalar que “a verdadeira beleza nasce de um coração puro”, o prelado admitiu que “nos nossos dias, com tantas solicitações e propostas no domínio dos bens materiais”, não é fácil manter viva a “abertura aos valores espirituais e sobrenaturais” nem “assumir os valores da fé”.

O presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família pediu que a educação seja orientada por um “projecto humanista comum” que dê resposta a uma sociedade “carente de valores”.

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