Assunção: Bispo de Viseu lembrou «mundo perturbado envolvido numa cultura de destruição e de morte»

«Confiemos a Nossa Senhora a nossa vida, a Igreja e o mundo» – D. António Luciano

Foto: Catedral de Viseu (imagem de arquivo)

Viseu, 16 ago 2022 (Ecclesia) – O bispo de Viseu evocou esta segunda-feira a intercessão da Virgem Maria para um “mundo perturbado”, convidando os católicos a “peregrinar com esperança e na paz”.

“Confiemos a Nossa Senhora a nossa vida, a Igreja e o mundo e peçamos-lhe o fim da pandemia, da guerra na Ucrânia, da violência em tantos lugares do mundo, a extinção dos terríveis incêndios, que afetam o nosso país e o mundo”, disse D. António Luciano, na solenidade litúrgica da Assunção de Maria.

Numa homilia enviada à Agência ECCLESIA, o bispo de Viseu alertou para os males e sofrimentos no mundo causados “pela indiferença, pelo ódio, pelo racismo, pelo egoísmo, pela mentira e pelo erro”.

“O mundo perturbado em que vivemos envolvido numa cultura de destruição e de morte, sofrendo as consequências de uma grave pandemia, o aumento da fome e da pobreza entre os povos, a guerra sem fim na Ucrânia e em tantos países, a perda de tantas vidas inocentes, o aumento de tantos conflitos que geram a morte e a violência, o aumento de tantas injustiças e ódios, que provocam divisão e pobreza, destroem famílias inteiras e põem em risco o desenvolvimento de tantas nações”, desenvolveu.

Segundo D. António Luciano, o mundo precisa encontrar em Maria e na sua glória “a graça para ser feliz e peregrinar com esperança e na paz rumo ao Céu”, e pediu um tempo de paz, de tranquilidade, de bonança e de prosperidade para o mundo e para a Igreja.

“A proximidade de Maria na nossa vida através da fé, da oração, da graça, do serviço ao próximo e na imitação das suas virtudes é o caminho mais seguro para Deus, no encontro com todos os homens”, acrescentou.

Que Nossa Senhora nos ensine a pedir o pão de cada dia para combater a fome e a pobreza no mundo, nos ensine a perdoar e a rezar pelos pecadores. Rezemos pelos pobres, doentes, idosos e abandonados, os imigrantes, emigrantes, os refugiados, os presos e os moribundos, para que todos encontrem, em Maria,  paz e a alegria de serem amados e queridos por Deus”.

A 15 de agosto, a Igreja Católica assinala a solenidade litúrgica da Assunção de Maria, um dogma solenemente definido pelo Papa Pio XII em 1 de novembro de 1950 e celebrado há vários séculos, numa data que é feriado em Portugal.

“Esta festa não é só para falar da incorruptibilidade do corpo mortal da bem-aventurada Virgem Maria, mas para mostrar o seu triunfo sobre a morte e o pecado com a sua glorificação celeste, à semelhança de Jesus Cristo, seu Filho Unigénito”, explicou o bispo de Viseu, na homilia também publicada no sítio online da diocese.

A partir das leituras da celebração, assinalou também que liturgia propôs a meditação do mistério da visita de Maria a Santa Isabel, “um modo próprio de servir e de estar próxima”.

D. António Luciano explicou que o Evangelho de São Lucas convidou a “caminhar juntos ao encontro dos irmãos” para os servir e ajudar nas suas necessidades, imitando a solicitude materna de Maria, um texto que “anima” os jovens em caminhada para a próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, de 1 a 6 de agosto de 2023.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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