Associação sensibiliza mães contra aborto

Projeto «Mãos Erguidas» nasceu há quatro anos e meio, na sequência do referendo que abriu a porta à despenalização da interrupção voluntária da gravidez

Lisboa, 05 mai 2012 (Ecclesia) – No centro de Lisboa, junto ao jardim do Príncipe Real, uma pequena missão com uma imagem de Nossa Senhora com o filho ao colo interpela as mulheres que chegam a uma clínica de aborto, desafiando-as a preservar a vida.

“Cada filho é uma bênção, é um tesouro e cada vez que uma mãe aceita um filho, aceita ser mais mulher, mais amiga, mais filha de Deus”, salienta Leonor Castro, fundadora da Associação “Mãos Erguidas”, em declarações ao programa ECCLESIA.

O projeto nasceu há quatro anos e meio, na sequência do referendo nacional que despenalizou a interrupção voluntária da gravidez, se realizada por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado.

Todos os dias, voluntários e missionários do terço reúnem-se à porta daquela pequena loja para rezar e falar com as mulheres que estão prestes a ser internadas numa clínica abortiva, mesmo do outro lado da rua.

“Não é difícil transmitir a verdade, quando estamos convencidas dela, o que é mais difícil é ouvir aquilo que elas depois nos têm para dizer”, realça Leonor Castro, para quem a sociedade atual, católicos incluídos, está “formatada” para um projeto de vida que não contempla mais do que “um ou dois filhos”.

“Há uma cultura de morte que foi muito enraizada e a religião não tem peso, não influencia a vida das pessoas, sejam católicos, evangélicos ou muçulmanos, há aqui um desnorte muito grande”, lamenta.

Segundo a missionária, o desenvolvimento dos métodos contracetivos, nos últimos 50 anos, transformou o milagre da vida em algo “completamente programado”, que urge modificar.

“Os mais pobres não são aqueles que não têm pão, são aqueles a quem lhes foi posta uma venda para não verem”, aponta a fundadora da associação “Mãos Erguidas”.

Apesar de haver “gente que repele” a ação dos voluntários e missionários, o movimento tem conhecido “mais” casos de sucesso, ao longo dos anos.

“Há casos de alegria, de bebés que são salvos, de mulheres que entram no caminho da oração, de mulheres que abortaram e sentiram o perdão de Deus”, sublinha a mesma responsável.

Cinco mães que por ali passaram são agora missionárias e a associação prepara-se para partilhar com o público estas e outras histórias, através de um livro a desenvolver com a parceria das edições Paulinas.

A emissão do próximo domingo do programa ECCLESIA na Antena 1, a partir das 6h00, vai ser totalmente dedicada ao Dia da Mãe, com testemunhos de quatro mulheres que passaram por diferentes experiências de maternidade.

PRE/JCP

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