Inspetores da ONU recolhem em Damasco provas sobre ataque com armas químicas que justifiquem intervenção da comunidade internacional
Damasco, 27 ago 2013 (Ecclesia) – O Núncio apostólico em Damasco, D. Mario Zenari pediu à comunidade internacional que quebre o silêncio diante do “grito” que chega de “inocentes” e ponha um fim aos “crimes” que acontecem na Síria.
“A comunidade internacional deve fazer todo o possível para não ver mais essas imagens que nos abalaram e deve encontrar os meios mais adequados e mais oportunos, que não compliquem a situação”, afirmou o prelado à Rádio Vaticano.
O presidente Bashar al-Assad assegurou “plena colaboração aos inspetores da ONU” que desde esta segunda-feira estão a inspecionar as zonas onde alegadamente 1300 pessoas terão morrido vítimas de um ataque com armas químicas provocado pelas forças do governo sírio.
“Espero que haja colaboração por parte das autoridades locais e da parte de todas que estão envolvidos no conflito, de modo que se chegue a uma conclusão”, afirmou o Núncio que pede o fim do conflito que dura “há dois anos e meio”.
“Devemos fazer com que não se repitam nunca mais, nunca mais, esses crimes, esses massacres”, sublinhou D. Mario Zenari.
O secretário de Estado dos Estados Unidos da América, John Kerry, veio hoje dizer não haver dúvidas de que as armas químicas foram usadas pelo regime sírio, dando assim a hipótese de uma intervenção militar neste país asiático.
O trabalho da ONU foi esta segunda-feira dificultado uma vez que os inspetores que recolhem provas sobre o ataque com armas químicas foram alvo de disparos.
RV/LS