Papa reza por pessoas perseguidas na antiga Birmânia
Cidade do Vaticano, 08 fev 2017 (Ecclesia) – O Papa recordou hoje a situação dos ‘rohingya’, refugiados no Golfo de Bengala e no Mar de Andamão, vítimas de perseguição em Mianmar.
“Expulsos de Mianmar, vão de um lugar para o outro, porque não os querem. São pessoas boas, pacíficas. Não são cristãos? São bons, são irmãos e irmãs nossas, que sofrem há anos: foram torturados, mortos, simplesmente por manterem as suas tradições, a sua fé muçulmana”, disse Francisco, perante milhares de pessoas reunidas para a audiência pública semanal no Vaticano.
O Papa fala da situação de “migrantes expulsos, explorados”, antes de evocar em particular a situação dos rohingya.
“Rezemos por eles, convido-vos a rezar por eles ao nosso Pai que está no Céu. Todos juntos, pelos nossos irmãos e irmãs rohingya”, pediu aos presentes.
Na última semana, o Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos denunciou uma série de abusos perpetrados desde outubro, segundo a qual centenas de membros da comunidade rohingya terão sido mortos numa campanha militar na antiga Birmânia.
Segundo a ONU, desde outubro, cerca de 65 mil pessoas terão fugido para o Bangladesh e outras 22 mil deslocaram-se para o interior de Mianmar, país de maioria budista.
OC