Pe. Federico Lombardi aponta progressiva abertura «pontificado a pontificado». Na audiência pontifícia desta Quinta-feira, entre o Papa e o Comité Judaico Internacional de Consultas Inter-religiosas, o Rabino David Rosen voltou a insistir para que os estudiosos tenham acesso aos documentos relativos ao período nazi. A esse propósito, o director da Sala de Imprensa da Santa Sé, o Pe. Federico Lombardi, precisou, que “é preciso compreender bem o que tal abertura comporta em termos de trabalhos de preparação. A abertura dos Arquivos Secretos do Vaticano aos estudiosos foi iniciada por Leão XIII, em 1881, e continuada pelos seus sucessores”. O Director da Sala de Imprensa afirma que o princípio seguido é o de abrir aos estudiosos os documentos “pontificado a pontificado”, e não com base num determinado limite de tempo, como acontece com outros arquivos. “O próprio Arquivo Secreto do Vaticano não é estruturado segundo um esquema cronológico, mas por pontificados”. A abertura, até ao momento, chegou ao pontificado de Pio XI (até 1939), “cujos documentos se tornaram disponíveis em 2006”. A abertura dos arquivos compreende a descrição dos documentos, numeração das folhas, timbre por razões segurança, encadernação, catalogação e ordenação, entre outras tarefas, “o que requer pessoas especializadas, que realizem um trabalho longo e paciente”, refere o Pe. Lombardi, “um trabalho que levaria cerca de seis a sete anos”. Antes desse prazo “não se pode falar de abertura aos estudiosos, dos arquivos desse período solicitado”. O Pe. Federico Lombardi disse ainda que a decisão final sobre tal abertura cabe ao próprio Bento XVI. Redacção/Rádio Vaticano